Crueldade. Este foi o termo mais usado pelos participantes da audiência pública organizada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL) na Assembleia em 19/8. A palavra ganhou unanimidade entre ex-trabalhadores da General Motors, sindicalistas e parlamentares por ilustrar a maneira com que 798 metalúrgicos da montadora foram demitidos: um telegrama que chegou a cada um deles no sábado, 8/8, véspera do Dia dos Pais. Além de Giannazi estavam no debate o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Antônio Ferreira de Barros (o Macapá); Luiz Carlos Prates (o Mancha), membro da CSP-Conlutas; Maria das Graças Silva, esposa de um dos recém-demitidos e o advogado e ex-presidente do Sindicato, Toninho Ferreira. Foram convidados, mas não se apresentaram publicamente, representantes da multinacional e da prefeitura de São José dos Campos. Os deputados Raul Marcelo (PSOL), Hélio Nishimoto (PSDB), Padre Afonso Lobato (PV) e Davi Zaia (PPS) revezaram-se à mesa. Ao abrir os trabalhos, Giannazi saudou a luta e destacou a paralisação da fábrica, e repudiou com veemência a forma desumana como a empresa tratou a demissão. Disse que promoverá uma comissão suprapartidária de parlamentares para solicitar uma reunião com a direção da GM, construirá com outros deputados um documento de apoio aos demitidos, enviará as notas taquigráficas desta audiência à presidente Dilma Rousseff, à GM e ao governador Geraldo Alckmin, a quem pedirá uma audiência. carlosgiannazi@uol.com.br