No dia 11/9 foi realizada uma audiência na Alesp que discutiu a relevância de se manter, no ensino médio, o texto da Lei Federal 11.684 - que garante a obrigatoriedade das disciplinas Sociologia e Filosofia nesta fase escolar. A normativa está ameaçada pela meta 22 do PL 1.083/2015 (que aprova o Plano Estadual da Educação), encaminhado pelo governador Alckmin ao Parlamento e que prevê a flexibilização curricular. O receio de sociólogos e filósofos presentes ao debate é que matérias que estimulem a construção de um pensamento e de uma consciência social e política nos alunos do ensino médio sejam alijadas da grade, causando um grande prejuízo ao conjunto da sociedade que está em plena formação intelectual. Para o professor e deputado Carlos Giannazi (PSOL), que de imediato se pôs contrário a qualquer tentativa de se eliminar da grade curricular matérias das ciências humanas, essa proposta é uma ameaça à formação cidadã dos estudantes, que devem ter acesso às correntes de estudo da Sociologia e de demais currículos correlatos para assim ganharem conteúdo mais crítico e transformador. O parlamentar enviará as notas taquigráficas com as reflexões dos professores e dos pensadores da área da Educação que se posicionaram preocupados com essa "reforma do ensino médio" ao governador do Estado, ao secretário da Educação e à Comissão de Educação e Cultura da Alesp, da qual é membro titular. carlosgiannazi@uol.com.br