Seminário sobre atropelamento de animais silvestres será realizado na Alesp


19/10/2015 09:00 | Da assessoria da 1ª Secretaria

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Seminário sobre atropelamento de animais silvestres<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2015/fg177069.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Nesta segunda-feira, 19/10, das 14h às 18h, no Plenário José Bonifácio, realiza-se na Assembleia Legislativa de São Paulo seminário sobre atropelamentos de animais silvestres nas rodovias paulistas. O encontro conta como o apoio deputado federal Nilto Tatto (PT) e do 1º secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Enio Tatto (PT).

O seminário foi aprovado na CPI da Câmara dos Deputados sobre maus-tratos aos animais, a partir de requerimento de autoria do deputado Nilto Tatto. De acordo com o parlamentar, o alto índice de atropelamentos de animais precisa ser investigado "para que possamos entender melhor o problema e sugerir medidas para diminuí-lo".

Para o deputado o impacto para biodiversidade é grande "uma vez que entre esses animais há vários que pertencem a espécies em extinção".

Na justificativa do requerimento, a gravidade da questão é exposta com clareza: "Segundo estimativas do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), da Universidade Federal de Lavras, mais de 475 milhões de animais silvestres são atropelados nas rodovias do Brasil a cada ano. Morrem aproximadamente 430 milhões de pequenos animais (como sapos, aves, cobras), 40 milhões de animais de médio porte (como gambás, lebres, macacos) e cinco milhões de animais de grande porte (como onças-pintadas, lobos-guarás, onças-pardas, antas, capivaras). Isso significa que perdemos 15 animais por segundo devido a colisões com automóveis".

Ainda segundo o documento, dados do IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), obtido em levantamento realizado em aproximadamente mil quilômetros de rodovias do Mato Grosso do Sul, entre abril de 2013 e março de 2014, revelaram a existência naquelas estradas de 1124 carcaças de 25 espécies diferentes de animais silvestres de médio e grande porte.

O deputado Enio Tatto, por sua vez, destaca outro ponto importante presente no requerimento que trata do Estado de São Paulo: "Aqui a realidade não é diferente. Segundo pesquisa conduzida pela mestra em Ecologia e Recursos Naturais, Cristina de Santis Prada, da Universidade de Federal de São Carlos, realizada de agosto de 2002 a agosto de 2003, em um circuito que percorreu as rodovias estaduais SP 253, SP 330, SP 215, SP 310, SP 318 e SP 255, foram identificadas as mortes, por atropelamentos, de 746 animais silvestres".

"Como se vê, esse debate precisa ser realizado com urgência para que possamos reverter essa ameaça à nossa biodiversidade", conclui Enio Tatto.

alesp