Falecimento do ex-deputado Juvenal Juvêncio


09/12/2015 18:58 | Antônio Sérgio Ribeiro (*)

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Ex-deputado estadual Juvenal Juvêncio <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2015/fg182564.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Faleceu na manhã desta quarta-feira, 9 de dezembro de 2015, no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, vitimado por complicações de câncer de próstata, o ex-deputado estadual Juvenal Juvêncio.

Nascido na cidade paulista de Santa Rosa do Viterbo, em 25 de fevereiro de 1934, filho de Benedicto Juvêncio e Maria Costa. Foi casado com Angelina Maeda Tardio, com quem contraiu matrimônio em 1964, na cidade de São Paulo.

Após os cursos regulamentares, transferiu-se no inicio da década de 50 para a capital, onde se formou em Direito. Por concurso público exerceu também o cargo de investigador de Policia em São Paulo, também nos anos 1950.

No inicio dos anos 60, durante o governo Carvalho Pinto (1959-1963), prestou serviços no gabinete do Secretário estadual de Viação e Obras Públicas, brigadeiro José Vicente de Faria Lima (que seria prefeito da capital a partir de 1965), como coordenador politico.

Filiado ao Partido Democrata Cristão - PDC, concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, nas eleições realizadas em 7 de outubro de 1962, obtendo 7.935 votos, mas não logrou êxito, ficando na 4ª suplência. Mas em virtude de licença de titular, em 24 de setembro de 1965, assumiu como deputado estadual no Palácio "9 de Julho", ainda situado na Parque D. Pedro II, no centro da Capital. Seria convocado mais cinco vezes para exercer seu mandato parlamentar, na 5ª Legislatura (1963-1967).

No pleito de 15 de novembro de 1966, concorreu novamente a uma cadeira de deputado estadual para a 6ª Legislatura (1967-1971), pelo Movimento Democrático Brasileiro - MDB, partido politico de oposição ao Regime Militar que assumiu o poder pelo golpe de 31 de março de 1964, mas novamente ficou apenas em uma suplência.

Na gestão do governador Laudo Natel (1971-1975), foi diretor da Companhia Estadual de Casas Populares - CECAP, atual CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo.

Sempre ligado ao São Paulo Futebol Clube, foi seu diretor de futebol do clube, quando da presidência de Carlos Miguel Aidar, e entre 1988 a 1990, Juvenal Juvêncio exerceu o cargo de presidente da agremiação esportiva.

Juvenal foi diretor do São Paulo, na gestão do presidente Marcelo Portugal Gouvêa quando o clube foi campeão da Taça Libertadores da América, e do Mundial de Clubes pela terceira vez, no ano de 2005.

Assumiu novamente o cargo de presidente, de 2006 a 2014, exercendo o cargo por três mandatos consecutivos, após a alteração nos estatutos do clube, realizada no ano de 2011, realizada com o concurso do advogado Carlos Miguel Aidar, ex-presidente do clube, e que seria seu sucessor no comando do São Paulo, em 2014. Na gestão de Juvenal Juvêncio o São Paulo conseguiu três títulos seguidos do Campeonato Brasileiro, entre 2006 e 2008, todos com Muricy Ramalho como técnico. Já no último mandato, conquistou a Copa Sul-Americana de 2012.

Sua última participação, na vida do São Paulo Futebol Clube, foi uma gravação em áudio, realizada na semana passada, já com a saúde seriamente abalada, de uma mensagem especial ao craque Luís Fabiano que se despedia do clube.

O dirigente se tratava havia anos de um câncer de próstata, mas a doença debilitou bastante sua saúde, e os últimos meses foram complicados. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês desde domingo.

O velório acontece no Salão Social do estádio tricolor a partir das 15h. O sepultamento está marcado para as 10h desta quinta (dia 10 de dezembro), no Cemitério do Morumbi. O São Paulo Futebol Clube decretou luto oficial de três dias em sua memória.

Antônio Sérgio Ribeiro, advogado e pesquisador. É funcionário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

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