Com o apoio de 29 parlamentares de diferentes partidos, a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família foi lançada no final de maio do ano passado. Na ocasião, o coordenador da frente, deputado Adilson Rossi (PSB), afirmou que o momento exigia uma tomada de posição, e não de omissão. O contexto ao qual Rossi se referia incluía, segundo o parlamentar, ameaças à estrutura familiar, entre elas a desagregação pelas drogas, a desigualdade social, a gravidez na adolescência e o crescente número de abortos. A importância da frente e a necessidade de lutar pela vida e pela preservação da família foram destacadas por diversos parlamentares que participaram do evento. Celso Nascimento (PSC) declarou que a frente se constituía como uma forma de luta em favor da família. "Iniciamos a batalha contra o inimigo que atua contra a família. Por exemplo, nas novelas vemos que o imoral é mostrado como natural". "Estamos aqui para valorizar a vida e a família e lutar também para que esses valores continuem presentes", corroborou o deputado Gilmaci Santos (PRB). Convidado a apresentar uma palestra no lançamento da frente parlamentar, o padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr., vigário da paróquia Cristo Rei da Arquidiocese de Cuiabá, alertou que a derrubada do conceito de família como cerne da sociedade não é aleatória, e sim parte de uma engenharia social que está baseada no marxismo. Adilson Rossi abordou também, durante o evento, a banalização da vida, que resulta em inúmeros casos de violência que terminam em mortes. O coordenador da frente discorreu ainda sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo e observou que, embora as opções pessoais devam ser respeitadas, se trata de um relacionamento que não gera vida.