Parlamentares oriundos das polícias Militar e Civil do Estado de São Paulo - Coronel Telhada (PSDB), Coronel Camilo (PSD) e Delegado Olim (PP) -, e cerca de 200 integrantes do Corpo de Bombeiros reuniram-se nesta quinta-feira, 10/3, em sessão solene, para comemorar os 136 anos da corporação no Estado. O presidente Fernando Capez saudou os presentes e, em seguida, Estevam Galvão (DEM), autor da iniciativa, o substituiu na condução da cerimônia, reconhecendo que "uma solenidade com a presença de militares destaca-se pela organização e disciplina". A seguir, em sua manifestação, Coronel Telhada comunicou o falecimento do capitão PM Marcos Henrique da Costa, morto com dez tiros. Enfatizou que tem sido o porta-voz da Polícia Militar no Parlamento, com a tarefa adicional de mostrar aos demais parlamentares a realidade da PM, "que é desconhecida por muitos". Afirmou que a valorização "dos profissionais do fogo" consta sempre de suas reivindicações e que está aberto a propostas que os bombeiros porventura venham a pleitear. Coronel Camilo lembrou que criação da Escola Superior de Bombeiros, em Franco da Rocha, deveu-se à iniciativa do deputado Estevam Galvão. "Foi ele quem lutou pela aprovação da lei de ensino da PM no Estado", declarou. A seguir, deu seu testemunho do respeito e confiança que a população paulista tem pelos bombeiros e reiterou apoio à luta desses profissionais. Delegado Olim registrou seu agradecimento aos bombeiros, aos quais adjetivou de "corajosos, heróis e prestativos". Incêndio no Largo São Francisco O coronel Rogério Bernardes Duarte, comandante do Corpo de Bombeiros, informou que há 14 anos a instituição consta como primeira no ranking de confiabilidade por parte dos paulistanos. Relatou que o nascimento da corporação se deu em função de um incêndio na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, que atingiu a biblioteca e parte do convento, e que os bombeiros surgiram como integrantes da Companhia dos Urbanos, a corporação policial da época. "Nessa época, São Paulo já prenunciava seu crescimento, com o aparecimento de centros cafeeiros, a migração de cariocas e mineiros e a chegada de imigrantes. Mas ainda se apagavam incêndios com baldes passados de mão em mão e os sinos é que alertavam sobre fogo", contou. "Atualmente, o Corpo de Bombeiros conta com 9 mil profissionais, atuando em 140 municípios do Estado. A corporação tem 2.500 viaturas, dois navios e equipamentos que estão na vanguarda", disse Duarte, referindo-se ao simulador de combate a incêndio de seis fases, instalado na Escola Superior de Bombeiros. Há outro igual somente na Califórnia (EUA). Ele esclareceu que os bombeiros prestam socorro em enchentes, deslizamentos e outras grandes catástrofes. Citou o caso recente no bairro Alemoa, em Santos, e o do terminal de armazenamento de contêneires, em Guarujá. Ao final da cerimônia, mais de 150 bombeiros foram homenageados com a láurea de mérito pessoal do primeiro ao quinto grau.