Aprovados em concurso público aguardam nomeação

478 pessoas encontram-se nessa situação
12/04/2016 18:38 | Da Redação: Keiko Bailone Fotos: José Antonio Teixeira

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Carlos Giannazi, ao centro, na presidência dos trabalhos <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2016/fg188147.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Presentes na audiência  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2016/fg188148.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rodrigo Nagami, à esq, fala na reunião <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2016/fg188149.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As principais queixas feitas pelos representantes do grupo de quase 500 pessoas que estão aguardando, há um ano e sete meses, a nomeação para cargos de analista de tecnologia, analista de administração, analista sociocultural e agente técnico de saúde na Secretaria de Educação, após terem sido aprovadas em concurso realizado em 2013, é sobre a falta de transparência e comunicação por parte das secretarias da Educação, de Planejamento e Gestão e da Casa Civil.

Rodrigo Nagami, um dos representantes presentes à audiência promovida especialmente para que deputados pudessem se inteirar da situação, contou que a chamada para as vagas ocorreu em agosto de 2015. "Muita gente começou a fazer os exames médicos e já teve que refazer umas três vezes, porque alguns deles tiveram a validade vencida", contou. Foi ele quem pediu a realização de audiência ocorrida na segunda-feira, 11/4, presidida pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL). Nagami relatou que algumas pessoas tinham fechado empresas porque acreditavam que iriam assumir os cargos. Outras, que moravam em cidades do interior do Estado, alugaram imóveis na capital paulista e acabaram se prejudicando.

"O problema é que a nomeação depende do governador", destacou o candidato, ao lembrar as andanças junto às secretarias em busca de respostas sobre a data da nomeação. Ele entregou manifesto assinado por todos os concursados a Giannazi para que o parlamentar apresente o problema aos deputados da Comissão de Educação e Cultura.

Ibrahim Haidar, também representante do grupo, fez menção a outro problema decorrente da não nomeação dos concursados aprovados em 2014. "Somente em 2016, quase 60 mil alunos da rede privada migraram para a rede pública, por conta da crise econômica por que passa o país; com certeza, haverá falta de estrutura interna para atender a esses novos alunos", observou.

Giannazi endossou as críticas ao governo por não proceder às nomeações, reforçando que "o Orçamento do Estado para 2016 é de R$ 206 bilhões e o da Secretaria da Educação, R$ 29 bilhões. Fala-se tanto em ajuste fiscal, mas o impacto negativo na arrecadação deste ano foi somente R$ 4 bilhões". O deputado afirmou ainda que "o governo tem outras prioridades e vem concedendo benefícios fiscais a setores já privilegiados, como o do agronegócio e frigorífico".

alesp