Combate à violência na periferia é tema de audiência na Assembleia


02/05/2016 18:54 | Da redação* - Fotos: Bruna Sampaio

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Carlos Giannazi preside audiência com moradores da periferia paulistana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2016/fg188794.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Giannazi coordenou reunião com representantes da periferia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2016/fg188795.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Moradores da periferia debatem a violência crescente nesses bairros<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2016/fg188796.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Com a participação de moradores de bairros da periferia, principalmente da região do Jabaquara, Embu da Artes, Tatuapé e Guaianazes, foi realizada nesta quinta-feira, 29/4, audiência para discutir a violência sofrida pelos que residem nesses bairros. Segundo o deputado Carlos Giannazi (PSOL), organizador do encontro, a violência contra os segmentos mais pobres da população da capital é sistemática e tem origens, como policial ou institucional. "Estamos aqui para ouvir os relatos dos moradores e, em seguida, encaminhá-los ao Ministério Público, ao Ministério da Justiça, à Secretaria de Segurança Pública e à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa para providências contra o extermínio da população jovem da periferia, principalmente os negros, mestiços e pobres", afirmou Giannazi.

Perguntado se os dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública, que dão conta de que a violência vem diminuindo em São Paulo, são confiáveis, Giannazi respondeu: "são fictícios e foram desmentidos por várias organizações".



Denúncias

A iniciativa do debate surgiu da Casa de Cultura Santa Tereza, espaço de inclusão social e cultural da cidade de Embu das Artes, que denunciou a arbitrariedade da prisão, em janeiro deste ano, de um dos frequentadores da entidade, Fabiano Ferreira de Souza. Mães dos jovens Sandro Henrique Rocha Galindo e Rodrigo Tisano dos Santos, ambos moradores do bairro do Jabaquara (zona sul da capital) e presos há seis meses, também reclamaram da falta de provas e da maneira como as polícias civil e militar conduziram o caso, que resultou no encarceramento dos dois.

Todos os que se pronunciaram na audiência denunciaram a forma violenta de abordagem e tratamento da polícia e da Justiça, dada aos que têm características etárias, geográficas, étnicas, sexuais e econômicas historicamente marginalizadas.

Foram feitas algumas sugestões para diminuir a violência, como a mudança de horário para após 22h de programas de tevê especializados em violência, para evitar que crianças assistam a banalização de tiroteios e mortes e alimentem preconceitos.

*Com colaboração da assessoria do deputado Carlos Giannazi.

alesp