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Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira, 4/5, o presidente Fernando Capez condenou a invasão do plenário Juscelino Kubitscheck, ocorrida na véspera, por cerca de cem alunos de escolas da rede pública estadual. O presidente voltou a afirmar que a estratégia para conseguir a saída dos estudantes é a "saturação", e que será necessário avaliar dia a dia como se dará essa evacuação. "O uso da força só interessa a quem quer produzir determinados resultados políticos; estamos procurando a desocupação pacífica", enfatizou. Sobre a liberação de alimentação aos estudantes, esclareceu que essa concessão "operacional" se deveu à mediação dos deputados José Zico Prado e Enio Tatto (ambos do PT), que o convenceram de suprir essa necessidade básica aos manifestantes, até pelo fato de parte dos manifestantes - conforme informação daqueles parlamentares - ser composta de menores de idade. Capez confirmou que a Assembleia já ingressou com ação de reintegração de posse e criticou a declaração feita por deputados oposionistas de que a decretação do ponto facultativo nesta quarta-feira seria uma "manobra para impedir que deputados assinassem o requerimento de instalação da CPI". "Foi uma providência para evitar rodízio de manifestantes para a invasão não perdurar", afirmou. Ele pondera que "essa situação impede o andamento normal dos trabalhos, inclusive a instalação da CPI". Ao responder a questões sobre o envolvimento de seu nome nas fraudes de licitação da merenda, acentuou haver "um processo para atingir lideranças do PSDB, e estou no meio desse processo". Capez ressaltou que não consegue "se reconhecer" na pessoa retratada desde 19/1, quando foi deflagrada a chamada operação Alba Branca. Reiterou que o Ministério Público e a Polícia Civil estão apurando o caso e que espera que a investigação seja impessoal, objetiva e técnica.