Instituído pela Lei 11.249/2002, o Dia do Policial Militar Feminino foi comemorado nesta sexta-feira, 13/5, em sessão solene proposta pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez, e pelo deputado Coronel Camilo (PSD). "Todas as funções são nobres, mas na carreira militar a pessoa é preparada para o mais nobre dos sacrifícios: o da própria vida. E só neste ano tivemos 29 policiais mortos vítimas da violência insana", afirmou Capez, ao homenagear as integrantes da Polícia Militar. O deputado Coronel Camilo, por sua vez, destacou que as mais de 10 mil PMs que atualmente fazem parte da corporação "passam por um trainemento exaustivo e apresentam uma admirável entrega ao trabalho". Ele agradeceu a esse contingente pelo "grande trabalho para a nossa sociedade no trato com as pessoas fragilizadas". Admitindo a conquista de espaço das mulheres na PM, Camilo observou que reivindicações como a passagem para a inatividade das policiais após 25 anos de serviço ainda aguardam sua implantação. A essa reivindicação fez coro o deputado federal Major Olímpio Gomes (SD/SP), que desejou às mulheres da PM "que tenham muito orgulho de envergar esse uniforme". Olímpio cobrou atenção para a tramitação, em Brasília, do PLP 257, que, segundo ele, congela salários e promoções e aumenta a contribuição previdenciária dos servidores públicos, afetando, portanto, também os PMs. "Quanto mais conturbado o quadro social, econômico e político, mais a sociedade espera de suas polícias", ele avaliou. A passagem para a inatividade aos 25 anos foi apoiada ainda pelo deputado Coronel Telhada (PSDB), que também ressaltou "o momento social de muita agitação, com muita gente fomentando a desunião. Nós, PMs, somos o último esteio de São Paulo e devemos permanecer leais a nossos comandantes e à legalidade". Ele conclamou as PMs a que "não desanimem". Em sua homenagem às PMs femininas, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ricardo Gambaroni, lembrou que há espaços a serem ocupados pelas mulheres na corporação, como o próprio comando-geral e as equipes da Rota. "Mas a PM é uma instituição em que homens e mulheres estão lado a lado, em direitos e deveres", concluiu. Simbolizando todo o contingente feminino, foram homenageadas a soldado Andréa da Silveira Dias, a cabo Vânia Rodrigues de Oliveira, a cabo Márcia Aparecida Romão, a tenente médica Luciana Maria Fernandes Guerra, a coronel Maria Aparecida de Carvalho Yamamoto, a coronel Fátima Ramos Dutra e a coronel Vitória Brasília de Souza Lima. Em nome das sete policiais militares homenageadas, a coronel Vitória lembrou sua trajetória e os percalços vencidos na criação de um corpo policial feminino. Hoje, ela afirmou, "na PM não há discriminação". E ela observou às jovens policiais: "O trabalho de vocês é a continuação da nossa história". Também participaram da cerimônia, entre outras autoridades, a ex-vice-prefeita Alda Marco Antônio, o vereador paulistano Andrea Matarazzo e o ex-deputado estadual Cabo Wilson, que, quando no exercício do mandato, foi o autor do projeto que resultou na instituição do Dia do Policial Militar Feminino.