Ato solene homenageia mulheres e sacerdotisas de matriz afro-brasileira

Preocupação com ameaças de retrocesso social pautaram abertura do evento
13/05/2016 18:10 | Da Redação: Monica Ferrero Fotos: Bruna Sampaio

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O ato solene é conduzido pela deputada Beth Sahão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2016/fg189291.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mulheres e sacerdotisas de matriz afro-brasileira são homenageadas com ato solene na Assembleia <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2016/fg189292.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Clélia Gomes <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2016/fg189293.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Realizou-se nesta quinta-feira, 12/5, ato solene em homenagem às mulheres ilustres e sacerdotisas de matriz afro-brasileira. É a 14ª edição do evento, que busca dar reconhecimento a mulheres que trabalham para a comunidade e lutam pela diversidade religiosa. Conduzido pela deputada Beth Sahão (PT), o ato destacou a importância do evento "num momento em que o país sofre ameaças de aumento da intolerância e de perda dos direitos e garantias individuais".

A deputada Clélia Gomes (PHS) também ecoou a preocupação com a ameaça de retrocesso social, principalmente com a extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. A seguir ela falou de seu trabalho parlamentar, "um constante trabalho de formiguinha contra a intolerância religiosa" e em defesa das religiões de matriz africana.

Presidente do Fórum de Sacerdotes e Sacerdotisas de Matriz Afro Brasileiro (Foesp) e participante de comitês e conselhos de diversidade religiosa em nível municipal, estadual e federal, Eduardo Brasil destacou que as religiões de matriz africana ainda hoje sofrem perseguição, e o trabalho das sacerdotisas e mulheres que se destacam por seus trabalhos sociais acaba não sendo reconhecido.

"Há duas questões extremamente importantes. A primeira delas é a invisibilidade dos religiosos de matriz africana e da questão negra, pois não se discute a negritude no Brasil." Isso leva ao desconhecimento do trabalho social que tantos terreiros praticam, continuou Brasil, que citou o trabalho de dona Amerita, uma das 40 homenageadas da solenidade, que em Sertãozinho, aos 83 anos, toca sozinha um terreiro frequentado por mais de 400 pessoas. Foram homenageadas também pessoas de outras religiões, por conta de seu trabalho pela diversidade religiosa.

Coordenadora do SOS Racismo, Elaine Dias somou-se às pessoas que declararam preocupação com possível retrocesso social. Ela estacou as dificuldades para as mulheres em geral. Também compuseram a mesa dos trabalhos a Mãe Rosane de Iansã, do Fórum de Sacerdotes e Sacerdotisas de Matriz Africana no Estado de São Paulo (Foesp), a presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/SP Damaris Dias Moura Kuo, e o cantor e ex-vereador Netinho de Paula.

O deputado Enio Tatto (PT), foi o solicitante do evento, inciativa do Foep e do SOS Racismo. Os hinos brasileiro, do candomblé e da umbanda e outros números musicais foram executados pela Associação Cultural e Carnavalesca Afoxé Omo Korin.

Eduardo, Mãe Rosane ,Damares Vera, Beth Sahão,Clélia Gomes, Eliane Dias e Netinho de Paula

alesp