Frente Parlamentar discute ações para combater violência contra a mulher

Entre propostas levantadas está a realização de campanhas de conscientização permanentes
16/06/2016 21:01 | Da Redação - Fotos: Roberto Navarro

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Beth Sahão é coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2016/fg191470.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Eliane Dias, do SOS Racismo, elencou uma série de propostas, como a realização de palestras em escolas para discutir questões de gênero, tema excluído do Plano Estadual de Educação, destacaram as participantes do encontro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2016/fg191472.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Encontro reúne militantes e integrantes de entidades sociais para a Rodada de Debates em Defesa da Mulher<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2016/fg191471.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Beth Sahão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2016/fg191473.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Encontro discute ações para combater violência contra a mulher<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2016/fg191474.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Coordenadora da Frente Parla­mentar em Defesa da Mulher, a deputada Beth Sahão (PT) reuniu nesta quinta-feira, 16/6, militantes e integrantes de entidades sociais para a Rodada de Debates em Defesa da Mulher. "O debate sobre a violência contra a mulher precisa ganhar tamanho e visibilidade, senão não conseguiremos mudar esse estado de coisas", avaliou a parlamentar.

Um dos objetivos da rodada de debates, segundo Beth, é buscar diretrizes e potencializar ações contra a violência, avaliando seus desdobramentos, propondo caminhos, agregando pessoas e organizações.

Sônia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres, propôs que se viabilize uma campanha permanente de combate aos abusos contra mulheres cometidos nos veículos do metrô, EMTU e CPTM. "Não adianta fazer uma campanha de 15 dias, que depois desaparece. Ela tem que ser permanente, para constranger o agressor e mostrar como a mulher pode reagir e denunciar os abusos", disse.

Ela observou ainda que o governo do Estado não inves­te em equipamentos para atender as mulheres fora da Região Metropolitana, e uma das consequências disso são Delegacias da Mulher sucateadas e a interiorização da violência. Sônia indicou ainda que se cobre do governo estadual como ele está atuando para colocar em ação as propostas do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra Mulheres e as unidades móveis para atendimento às trabalhadoras do campo.

"O movimento feminista há muito tempo denuncia a misoginia. E, no entanto, estamos vendo o acirramento do patriarcado na sociedade e nas políticas públicas", ela resumiu.

Mulher-objeto

O tratamento dado à mulher nas mídias, equiparando-a a um objeto, e o fato de vítima e agressor serem julgados juntos, na mesma sala, são aspectos que devem ser objeto de debate, segundo Elaine Blefari, do Sindicato dos Químicos.

Já Eliane Dias, do SOS Racismo, elencou uma série de propostas, como a realização de palestras em escolas para discutir questões de gênero " tema excluído do Plano Estadual de Educação, destacaram as participantes do encontro ", incluir blogueiras na discussão sobre a violência contra a mulher e dar mais visibilidade ao estupro doméstico e à violência contra mulheres indígenas e entre casais do mesmo sexo. Algumas dessas propostas podem ser viabilizadas por meio de iniciativas da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher, observou Beth Sahão.

O número assustador de casos de estupro também foi discutido na reunião. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apenas 10% dos casos são notificados, o que jogaria o número real de estupros para cerca de 500 mil por ano no país.

"A visão contrária aos direitos humanos está prevalecendo. Temos que pensar em ações concretas, num cenário de conservadorismo que não quer saber de negros, mulheres, gays e pobres. Se uma barbárie como essa acontece é porque tem quem banca", alertou Elizabete Franco Cruz, da Rede Quem Cala Consente.

alesp