Márcia Lia (PT) pediu união e uma luta coletiva pelo fim dos retrocessos nas conquistas sociais e da violência contra a população LGBT. "Precisamos nos juntar e dizer não à homofobia, à misoginia, ao racismo e a qualquer tipo de preconceito e violência. Queremos uma pátria solidária e fraterna", disse a parlamentar, que coordenou na Assembleia Legislativa, na terça-feira, 28/6, o ato em homenagem ao Dia Internacional do Orgulho LGBT, ao lado da deputada Leci Brandão (PCdoB) e da entidade SOS Racismo. Para Márcia Lia, este é um período de preocupação devido ao aumento expressivo de atos violentos e de incitações ao ódio. Ela utilizou como exemplo o caso de Luana Barbosa dos Reis, de 34 anos, negra, morta após abordagem policial quando levava o filho de 14 anos a um curso, em Ribeirão Preto. "É um grande desrespeito não aceitar as pessoas da forma como elas próprias se enxergam e querem ser enxergadas", disse Márcia. Este ano, no Brasil, já são 132 mortes motivadas pela orientação sexual. Destas, 30 assassinatos de LBGT foram registrados no curto período de 28 dias. A deputada falou ainda sobre a crise política que o país enfrenta. "Temos um governo provisório, que não foi legitimado pelo voto popular. O presidente interino, Michel Temer, extinguiu ministérios como o das Mulheres, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, fundamentais para garantir os direitos das chamadas minorias sociais", lamentou Márcia Lia. marcialia@al.sp.gov.br