Alesp apoia campanha Julho Verde de combate ao câncer no pescoço

O cigarro e o álcool são os principais vilões dos cânceres nesta parte do corpo
11/07/2016 18:56 | Da Redação Foto: Vera Massaro

Compartilhar:

Fachadas externas do Parlamento paulista estão iluminadas com a cor verde <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2016/fg192610.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Neste mês, as fachadas externas do Parlamento paulista estão iluminadas com a cor verde, que marca o apoio do Legislativo ao Julho Verde, campanha da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço para conscientizar a população sobre a importância dos exames periódicos nestas regiões do corpo. O objetivo é diminuir os altos números de câncer diagnosticado em fase avançada, o que dificulta a recuperação.

O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço é lembrado em 27/7. A data é outra forma de mobilizar a sociedade perante a gravidade da doença. O cigarro e o álcool são os principais vilões desse tipo de câncer, aumentando em 20 vezes o risco de ocorrer a doença.

O câncer de boca e laringe é o segundo mais comum entre os homens, atrás somente do de próstata. Quanto às mulheres, os dados também são alarmantes, pois o câncer de tireóide é o quinto mais comum no sexo feminino, segundo estudo do Instituto do Câncer.

Muitas pessoas não se atentam ao aparecimento de nódulos. Segundo o médico Rogério Dedivitis, chefe de cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital Ana Costa, quanto mais cedo se detectar alguma diferença no corpo, maior a chance de recuperação. "Todo nódulo persistente no pescoço pode ser câncer, principalmente, quando não desaparece espontaneamente em até 21 dias. Ele é endurecido e cresce progressivamente. É fundamental procurar um profissional para retardar a evolução da doença", afirma Dedivitis.

Os tumores na cabeça e pescoço iniciam nas células que revestem as superfícies das mucosas como, por exemplo, dentro da boca e da garganta. Os tipos mais comuns da doença nesta parte do corpo são justamente o câncer de tireóide e o de laringe.

Tireóide e laringe

Na tireóide, as causas muitas vezes são desconhecidas, mas sabe-se que a ingestão excessiva de iodo, contato com radiação e hereditariedade são alguns dos fatores de predisposição.

As chances de cura, se a doença for diagnosticada cedo, são elevadas. A recuperação total das pessoas chega a 90% dos casos. Neste caso, a cirurgia é o único tratamento. É retirada a glândula e, ao contrário do que algumas pessoas pensam, a retirada da tireóide não interfere no peso do paciente, pois os remédios indicados estabilizam o metabolismo.

A operação é o tratamento mais indicado para a laringe. Mas a radioterapia, junto à quimioterapia, podem ser eficazes. Um sintoma que pode ser indício do câncer neste local é a rouquidão, principalmente se o desconforto durar mais de três semanas.

Uma situação que pode levar ao câncer na laringe, e também na boca, é a prática de sexo oral. De acordo com o médico Dedivitis, "estudos mostram que a infecção oral do HPV ocasiona a doença nestes locais. A prática sexual com parceiros diferentes também aumenta a chance do contágio".

Fonte: www.conexaoconvivio.com.br/noticia/julho-verde-conscientizacao-sobre-o-cancer-de-cabeca-e-pescoco (Rodrigo Bertolino)

alesp