O Programa Escola da Família, criado pela Secretaria Estadual da Educação para abrir as escolas públicas nos finais de semana com atividades esportivas, culturais e de saúde, completa 13 anos. Para marcar a data, o deputado Coronel Camilo (PSD) realizou ato solene nesta terça-feira, 23/8, com a finalidade de homenagear pessoas que, em diversas áreas de atuação, contribuíram para o desenvolvimento do programa. "É um programa vitorioso, e o apoio à integração entre escola e família é fundamental", disse o parlamentar. Ele apontou a necessidade de agregar valores ao Escola da Família, inclusive com a participação de policiais, que poderiam, por exemplo, garantir a segurança em unidades de ensino que convivem com um entorno de violência preocupante. Camilo propôs a criação de um espaço nas escolas para discutir cidadania e valores. "Defendo a internalização de valores na escola. Eles deveriam estar transversalizados nas disciplinas, e isso não está acontecendo", avaliou. O secretário estadual da Educação, José Renato Nalini, mostrou-se favorável à ampliação do programa, que, segundo ele, está implantado em 42% das escolas públicas do Estado. "Vejo o Escola da Família de forma abrangente: é uma forma de fazer com que a participação comece na escola", afirmou, ao lembrar o conceito de democracia participativa que norteia a Constituição votada em 1988. Nalini disse ainda que, empiricamente, verifica-se que a escola que participa do programa é mais preservada "e mostra melhor rendimento do alunado, porque foi adotada por aquele que já é seu titular: o povo". Durante o evento, foi apresentado um vídeo institucional, segundo o qual o Programa Escola da Família já teve, desde seu início, 838 milhões de participações e mais de 40 milhões de atividades. Só no primeiro semestre, teriam ocorrido 1,3 milhão de atividades em 2.212 escolas. Também participaram do evento o deputado Pedro Tobias (PSDB), o coordenador geral do programa, Ricardo Addeo Dias, e o vice-presidente do Conselho Estadual de Educação, Francisco Antonio Poli. Ambos destacaram os aspectos de cidadania, inclusão e solidariedade do programa e sua capacidade de fortalecer os laços comunitários e sua identidade cultural, disseminando uma cultura de paz. "Sem a articulação escola-família não há saída para a educação", concluiu Poli.