Programa Mulheres de Peito para região de Parelheiros

Agendamento para os atendimentos serão feitos no próprio local
02/09/2016 10:55 | Da Redação: Keiko Bialone

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Carreta itinerante do Programa Mulheres de Peito    Foto: Tribuna do Norte - Pindamonhangaba <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2016/fg193990.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O grupo de Saúde do Núcleo de Avaliação Estratégica (NAE) da Assembleia Legislativa foi o responsável pela instalação de uma carreta itinerante do Programa Mulheres de Peito na região de Parelheiros, uma das mais populosas da capital paulista, com 200 mil habitantes. De 30/8 até 30/9, a previsão é que essa carreta atenda cerca de 1200 mulheres com mais de 35 anos.

Essa era uma das principais reivindicações que chegaram ao grupo de Saúde do NAE: a de que mulheres com menos de 50 anos pudessem realizar exames de prevenção precoce para detecção de câncer de mama. Isso porque tanto os postos quanto as Unidades Básicas de Saúde (Ubes) atendem apenas mulheres com mais de 50 anos para exames de mamografia. Ocorre que têm se tornado mais frequentes casos de mulheres de até 35 anos que apresentam nódulos no peito.

O atendimento na carreta itinerante ocorrerá nos dias úteis, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 12h. Cinquenta mulheres serão atendidas diariamente, exceto aos sábados, dia em que serão apenas 25 atendimentos. O agendamento para esse atendimento deverá ser feito no próprio local.

Mulheres de Peito

Lançado em 2014, o Mulheres de Peito possui quatro carretas para percorrer a Região Metropolitana, além de um caminhão para o interior. Os veículos são equipados com mamógrafo, aparelho de ultrassom, conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, antenas de satélite, computadores, mobiliários e sanitários.

O objetivo do Mulheres de Peito é conscientizar mulheres sobre a importância da realização da mamografia, bem facilitar o acesso ao exame através da dispensa do pedido médico, facilidade de agendamento e garantia de tratamento após a confirmação do diagnóstico. Estudos anteriores à criação do programa apontaram dificuldades para sensibilizar a mulher assintomática a realizar o exame preventivo de câncer da mama. Entre os motivos alegados constavam a falta de tempo, constrangimento e a dor na realização do exame.

Apesar de o Estado apresentar a melhor cobertura para rastreamento de câncer de mama no país, São Paulo posiciona-se abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde: no mínimo 70% das mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos.

O número de mamógrafos da rede públicas ou de instituições conveniadas com o SUS (433) atinge a média de 4,4 mamógrafos por 240 mil mulheres. A OMS preconiza um mamógrafo para 240 mil mulheres.

Câncer de mama

A Organização Mundial de Saúde estima que no mundo ocorra mais de um milhão de casos de câncer de mama por ano. É o tipo de câncer que mais incide sobre a população feminina.

As causas do câncer de mama não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que a doença é multifatorial e depende de uma complexa combinação de fatores. A idade é o principal fator de risco, que aumenta a partir dos 35 anos em alguns grupos. As mulheres que têm entre 50 e 70 anos são as mais propensas, por isso as políticas de rastreamento, baseadas nas recomendações da Organização Mundial de Saúde, são prioritariamente focadas nessa faixa etária. Existe também a predisposição genética em 5% a 10% dos casos.

alesp