CPI da Epidemia do Crack debate atuação do programa municipal De Braços Abertos


31/08/2016 20:12 | Da Redação Mateus Lima Fotos: Roberto Navarro

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CPI de Epidemia do Crack<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2016/fg194149.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Benedito Mariano<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2016/fg194150.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Benedito Mariano e Adilson Rossi <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2016/fg194152.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Welson Gasparini, Beth Sahão, Wellington Moura e Jooji Hato<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2016/fg194153.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A comissão parlamentar de inquérito constituída com a finalidade de investigar a denominada epidemia do crack no Estado de São Paulo recebeu nesta quarta-feira, 31/8, o coordenador do programa De Braços Abertos da prefeitura de São Paulo, Benedito Mariano, para falar sobre as políticas públicas na área de saúde e promoção social destinadas a prevenir e tratar os usuários de crack.

O coordenador abordou que os cuidados direcionados aos dependentes focam o tratamento em meio aberto, para melhorar a qualidade de vida dos usuários e ajudar na sua reinserção social. Ele também explicou que o programa tem por objetivo o resgate social desses usuários, por meio de trabalho remunerado, alimentação e moradia digna, com orientação e intervenção não violenta. Mariano destacou que a prefeitura tem realizado parceiras com o programa Recomeço, do governo do Estado, para reintegrar dependentes.

Mariano disse que para melhorar e ampliar o projeto nos locais com mais movimento, em especial o bairro da Luz, é necessária uma ação contra os grandes distribuidores de crack. Segundo ele, os traficantes controlam o fluxo de dependentes.

Questionamentos

O coordenador foi questionado pelos membros da CPI. A deputada Beth Sahão (PT) indagou sobre os riscos de recaída de dependentes e a integração entre os projetos municipal e estadual. Mariano afirmou que o número de recaídas é pequeno perto do número de pessoas que superou o vício. Sobre os programas, ele frisou que é preciso buscar um consenso entre os técnicos a respeito de dados coletados.

O deputado Wellington Moura (PRB), relator da CPI, criticou a localização dos hotéis utilizados para abrigar recuperandos, já que ficam perto de locais onde há mais concentração de usuários e traficantes. Ele também perguntou como é feita a seleção e quais os critérios para que os dependentes possam participar do programa.

Segundo Benedito, a seleção é feita por assistentes sociais e, atualmente, hospedagens próximas à Cracolândia estão sendo descredenciadas para se buscar hoteis mais afastados das zonas de uso. O coordenador ainda ressaltou a dificuldade em hospedar dependentes químicos, por conta do preconceito.

Além dos parlamentares citados, também estiveram presentes Adilson Rossi (PSB), presidente da CPI, Coronel Telhada (PSDB), Welson Gasparini (PSDB) e Jooji Hato (PMDB).

alesp