Funcionários alegam desconhecer destino do pagamento de comissões


01/09/2016 16:24 | Da assessoria do deputado Estevam Galvão

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Deputado Estevam Galvão (esq) na CPI da Merenda<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2016/fg194206.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A CPI da Merenda ouviu, dia 31/8, três funcionários da Cooperativa de Agricultura Familiar (Coaf). Primeiro a ser ouvido pelos parlamentares, o vendedor da Coaf, Cesar Bertholino, confirmou a parceria com a Coagrosol na participação de licitações em várias cidades paulistas. "Havia uma lista que tínhamos que seguir, onde a Coopersol estivesse, não entrávamos, era uma determinação do Chebabi (referindo-se a Cássio, ex-presidente da Coaf)", declarou Bertholino.

Questionado sobre a participação de agentes públicos no processo de venda do suco de laranja, Cesar citou Jeter Pereira, ex-funcionário público aposentado. "O Jeter tinha contrato com a Cooperativa e dizia que ia conseguir o contrato com o Estado mas acho que era mentira", declarou Bertholino.

Na seqüência, os deputados ouviram o vendedor Emerson Girardi, que alegou desconhecer o destino final do pagamento de comissões. "Eu sacava o dinheiro na boca do caixa e entregava para o Chebabi", disse Girardi.

O último depoente, foi o ex-funcionário Luiz Carlos Santos. Citado por Chebabi, em depoimento à polícia, como ex- vendedor, Silva garantiu que sempre trabalhou como motorista ."Eu protocolava documentos na Secretaria de Educação do Estado e prefeituras, entregava suco, mas nunca levei dinheiro", respondeu Silva.

Ao final dos trabalhos os deputados aprovaram requerimento reiterando pedido de cópia da Operação Alba Branca ao Tribunal de Justiça de São Paulo e cópia do balanço financeiro da Coaf às empresas de contabilidade que trabalhavam para a Cooperativa, entre outros assuntos.

egalvao@al.sp.gov.br

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