Hoje o samba ficou mais triste. Morreu nesta terça-feira, 20/9, no bairro da Mooca, capital paulista, o sambista João Borba, de parada cardíaca, aos 82 anos. Nascido em 10/9/1934, em Piracicaba, era funcionário aposentado da Assembleia Legislativa, o músico deixou um legado ao samba, sobretudo, pelos enredos que compôs para a escola de samba Pérola Negra. No Parlamento paulista, participou diversas vezes da roda de conversa, encontro musical que era promovido no restaurante da Casa. No final da década de 1950 se apresentava em gafieiras paulistas, como Paulistano da Glória, Tangará, Sandália de Prata e Som de Cristal. Em 1977, compôs para a Pérola Negra, em parceria com Pasquale Nigro, um samba enredo em homenagem a Zequinha de Abreu, e passou a fazer parte da ala de compositores da escola. Em 2003 estrelou o Programa Bem Brasil da TV Cultura. Em 2005, lançou o CD Presença do Samba de São Paulo. Em 2006, apresentou os espetáculos Sob a Luz dos Mestres, na Assembleia Legislativa, e São Paulo de Todos os Sambas, no Villagio Café. Em 2007, gravou o CD João Borba canta Jorge Costa, com produção e arranjos do violonista Euclides Marques. Atuou no filme Quanto vale ou é por quilo, de Sérgio Bianchi, ao lado de Zezé Motta e Miriam Pires. Em 2013, lançou seu cd autoral Eu comigo e meus amigos. Semanalmente se apresentava nos bares Samba e Ó do Borogodó, ambos na Vila Madalena. O corpo do sambista está sendo velado no Cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes e será sepultado nesta quarta-feira, às 11h.