Explicações sobre empréstimo da Uvesp à Coaf


01/11/2016 14:28 | Da assessoria da deputada Marcia Lia

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Márcia Lia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2016/fg195822.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Com muitas contradições, o presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp), Sebastião Misiara, depôs na quarta-feira, 26/10, durante a 15ª reunião da CPI da Merenda, instalada pela para apurar denúncias de fraudes e superfaturamento nos contratos para compra da alimentação escolar do governo do Estado.

A deputada Márcia Lia (PT) quis saber do depoente qual a motivação para o empréstimo de R$ 130 mil à Cooperativa Orgânica de Agricultura Familiar (Coaf), de Bebedouro, principal alvo da Operação Alba Branca.

"Temos documentos aqui que comprovam que o senhor teria emprestado 130 mil reais à Coaf. O senhor poderia esclarecer isso?", questionou a deputada. Misiara é tio de Emerson Girardi, vendedor da Coaf amplamente citado na investigação. Em sua resposta pouco convincente à deputada, o depoente disse que tudo não passava de "uma infeliz coincidência". Segundo ele, o empréstimo foi pedido do sobrinho, com quem trabalhou por 17 anos.

Misiara falou à CPI sobre oito anúncios da Coaf em um jornal de sua propriedade no interior, dos quais apenas três teriam sido pagos. Também falou sobre o papel de fiador no aluguel de uma sala utilizada como um showroom para que o sobrinho pudesse fazer a venda dos produtos da cooperativa. Citou ainda o valor de R$ 1,5 milhão em mantimentos que a Coaf teria se comprometido a encaminhar ao Hospital do Câncer de Barretos. "Eu tinha aluguéis para receber, anúncios para receber e o mais importante, o compromisso com o Hospital do Câncer. Emerson pediu emprestados R$ 10 mil, por 10 dias, para colocar documentos da Coaf todos em dia", argumentou.

marcialia@al.sp.gov.br

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