Povo palestino é lembrado em sessão solene

Participantes pediram o cumprimento de resolução da ONU
02/12/2016 18:52 | Da Redação Fabiano Ciambra Fotos: Marco Cardelino

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Sessão solene ocorreu segunda-feira, 28/11<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2016/fg196824.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Marcelo Buzetto, Moara Crivelente, Luiz Turco e Claude Hajar<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2016/fg196825.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Homenageados na solene<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2016/fg196826.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2016/fg196827.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Sessão solene presidida pelo deputado Luiz Turco (PT), na noite de 28/11, comemorou o Dia Internacional em Solidariedade ao Povo Palestino. A principal reivindicação dos participantes foi o cumprimento pelo Estado de Israel da Resolução 194 da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), de 11/11/1948, que tinha como objetivo por fim à Guerra Árabe-Israelense de 1948 e reconhecia o direito de retorno dos refugiados palestinos.

Segundo Pedro Charbel, do Movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções, há milhões de palestinos refugiados pelo mundo. "Apenas 20% deles vivem no que hoje é Israel, mas não com os mesmos direitos". Para ele, a comunidade internacional deve intervir contra a política que Israel vem adotando contra o povo palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, prestando um tipo de solidariedade que vai além da retórica. "O Brasil é o quinto maior comprador de armas de Israel", alertou, sugerindo boicote a empresas como a britânica G4S " de segurança privada, que administra as prisões israelenses onde há mais de 7,5 mil palestinos presos, incluindo crianças " e a Hewlett Packard, que seria uma das apoiadoras do regime sionista.

Djacira Maria, da Brigada Ghassan Kanafani da Via Campesina, que visitou com outros militantes os territórios palestinos para conhecer os efeitos da ocupação israelense no país e as experiências de agricultura e resistência dos camponeses, destacou a importância do laço com a terra. Por isso a importância da defesa do território, do acesso à água, aos portos e ao comércio. "O muro que segrega as áreas destinadas aos palestinos é três vezes mais extenso e duas vezes mais alto que o muro de Berlim", disse.

Socorro Gomes, do Centro Brasileiro de Solidariedade e Luta pela Paz, afirmou que a questão da Palestina envolve toda a humanidade, já que resoluções da ONU são sistematicamente ignoradas. Edmilson Costa, do Partido Comunista Brasileiro disse que os sionistas têm feito com o povo palestino algo muito semelhante ao que os nazistas fizeram aos judeus nos campos de concentração. Projetos de Israel para dominar a integralidade do que era o território palestino até 1947 " do sul do Líbado ao Sinai, do mar Morto ao Mediterrâneo " foram citados por Khalad Mahsin, do Campo Progressista Árabe, que falou da questão israelense-palestina no complexo contexto do Oriente Médio.

Também se pronunciaram em defesa do povo palestino Maria Júlia, da Marcha Mundial das Mulheres; Marcelo Buzetto, do MST; Amjad Abu Hasna, do Centro Cultural Árabe Palestino de São Paulo; e o ex-deputado estadual Benedito Cintra, que, em 1983, propôs a lei que institui o Dia da Solidariedade com o Povo Palestino.

Foram homenageados em nome do Centro Cultural Árabe Palestino: Cintra; Buzetto; Moara Crivelente e Claude Hajar, ativistas solidários à causa; e Hilau Shrif, presidente da Sociedade Árabe Palestina em São Paulo.

alesp