Médicos residentes querem que Orçamento contemple reajuste para a categoria

Lei federal que regulamenta a bolsa de residência não prevê o reajuste compulsório
07/12/2016 19:48 | Da Redação: Giulia Mendes Fotos: Roberto Navarro

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Reunião da CFO realizada nesta quarta-feira 7/12<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197361.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Léo Oliveira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197363.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Parlamentares e médicos presentes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197365.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Médicos residentes do Estado de São Paulo compareceram à reunião da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento desta terça-feira, 7/12, presidida pelo deputado Léo Oliveira (PMDB), para reivindicar reajuste salarial para a categoria.

Valmir Crestani Filho, residente do Hospital da USP, explicou aos parlamentares que os médicos se formam num período médio entre 6 e 10 anos (cerca de 10 mil horas de estudo), trabalham cerca de 60 horas por semana, inclusive aos finais de semana, feriados e madrugadas, sendo que recebem, como fomento do governo do Estado, apenas R$ 10,90 por hora trabalhada, o que em relação a outras carreiras de nível superior no Estado representa uma grande desvalorização.

"A nossa bolsa de residência é regulamentada por uma lei federal de 1981 e não prevê o reajuste compulsório, que acaba sendo feito por portarias e decretos interministeriais", declarou Valmir.

O médico residente lembrou que, no final de 2015, a bolsa de residência estava 25% desvalorizada em relação à inflação. Médicos de todo o Brasil fizeram um movimento reivindicatório, tendo sido atendidos, à época, pelo governo federal, o que garantiu um reajuste de 11,9%. "Para nossa surpresa, o Estado de São Paulo foi o único ente federativo que se recusou a conceder o reajuste", lamentou o médico.

Valmir discorda da justificativa dada pela Secretaria de que não haveria recursos suficientes para a concessão. Segundo ele, para que os médicos residentes de São Paulo recebam o reajuste, é preciso um investimento de R$ 28 milhões, o que representa apenas 0,01% do orçamento da secretaria.

Cristiano Pereira, médico residente da Unicamp, explicou que pleiteiam também o valor retroativo, uma vez que o reajuste deveria ser concedido há 10 meses. "Gostaríamos do apoio dos deputados da comissão para garantir que o nosso reajuste e o valor retroativo sejam incluídos no Orçamento 2017", disse o médico. Os residentes entregaram documento com a sugestão de emenda ao relator do Orçamento, João Caramez (PSDB).

Estiveram presentes na reunião, além do presidente, os deputados Carlão Pignatari (PSDB), João Paulo Rillo (PT), Teonilio Barba (PT), Cezinha de Madureira (DEM), Orlando Bolçone (PSB), Edson Giriboni (PV) e Coronel Camilo (PSD).

alesp