Secretário diz que mudança no ensino envolve família e sociedade

José Renato Nalini enfatizou que educação não é um projeto governamental, mas de nação
09/12/2016 18:20 | Da Redação: Keiko Bailone Foto: Bruna Sampaio

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Rita Passos e José Renato Nalini<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197421.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197422.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Welson Gasparini e Leci Brandão<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197426.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Renato Nalini, secretário estadual da Educação<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197423.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rita Passos, presidente da Comissão de Educação <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197424.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197425.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Ao comparecer nesta quarta-feira, 7/12, à reunião da Comissão de Educação e Cultura, presidida pela deputada Rita Passos (PSD), José Renato Nalini, secretário estadual da Educação, foi enfático ao afirmar que o investimento nesta área só se torna produtivo com a participação da família e da sociedade. Ele informou que, nos últimos anos, o Ministério da Educação chegou a quadruplicar o orçamento para a rede pública de ensino - passou de R$ 30 bilhões para R$ 120 bilhões. "Se houvesse acompanhamento, apoio e estímulo dos pais aos alunos, em uma geração a educação no Brasil mudaria", declarou.

A participação democrática seria um passo nessa direção. Grêmios estudantis, conselhos, associações de pais e mestres, além de servidores, passam a se expressar através de grupos de escuta, numa iniciativa do Instituto Inspirare. "Até 18/12 pessoas podem dar sugestões, apontar melhorias, respondendo a um questionário. Já recebemos 420 mil respostas", comemorou Nalini.

Ele citou também o programa Escola da Família, em que, aos fins de semana, pais e voluntários ocupam a escola com base em três eixos: esporte, cultura e trabalho. "A escola é da população, foi construída com dinheiro do erário público. Trata-se de uma democratização desse espaço", afirmou. Nalini informou que 2.174 escolas abrem aos fins de semana para receber cerca de 11 mil educadores universitários e outros 10 mil voluntários.

Maior secretaria estadual do país

Nalini falou dos programas de sua pasta, aplicados na maioria das 5.427 escolas estaduais, que atendem a aproximadamente quatro milhões de alunos. O Estado reserva um terço de seu orçamento para a Secretaria da Educação, que conta com 400 mil servidores, entre educadores e funcionários técnicos.

Segundo Nalini, o Estado tem sido referência no que se refere à grade curricular tradicional, que inovou com experimentos voltados a uma linguagem mais próxima do aluno, ao criar exercícios com jogos virtuais. O mesmo ocorre com as provas de avaliação de desempenho do alunado. Exemplo disso são os exames do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), que medem o rendimento em Língua Portuguesa e Matemática dos alunos do ensino médio e fundamental. Estas provas só são aplicadas em São Paulo e, na edição deste ano, contaram com a adesão de mais de um milhão de estudantes.

Melhor índice estadual

O secretário apresentou dados estatísticos mostrando que o índice de desempenho educacional do Estado obteve discreta evolução de 2010 a 2015, se comparado ao resultado do Brasil, mesmo no ensino médio, considerado por Nalini "o ponto frágil". "Discute-se há tempos se um jovem teria que estudar 15 disciplinas sem nenhuma relação com a profissão que pretende seguir", disse Nalini, ao defender a reforma do ensino médio. "É inacreditável a resistência a essa reforma", reclamou.

Ao final de sua apresentação, Nalini respondeu às perguntas dos deputados Carlos Giannazi (PSOL), Márcia Lia e João Paulo Rillo (ambos do PT), Leci Brandão (PCdoB), Aldo Demarchi (DEM) e Welson Gasparini (PSDB), e também de representantes das entidades: Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação (Afuse). As perguntas referiram-se à admissão de professores aprovados em concurso, ocupação de escolas, salários de nutricionistas e demissões. A deputada Leci Brandão (PCdoB) fez questão de relatar a Nalini que todos os requerimentos e ofícios apresentados à Comissão de Cultura e Educação não chegam ao conhecimento do secretário pelo simples fato de que não são aprovados pela bancada da base governista. Nalini respondeu que nunca se esquivou de atender a qualquer pedido e que só neste ano teve 104 encontros com parlamentares paulistas

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