Celso Furtado (1920-2004) foi um intelectual e economista brasileiro que enfatizava a necessidade da interferência do Estado na economia para a adoção de um modelo que levasse ao desenvolvimento do país. Ministro do Planejamento no governo João Goulart (1962) e da Cultura no governo José Sarney (1986 a 1988), seu nome foi dado à mais alta honraria concedida pelo Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), homenagem criada em 2012, por Afonso Neves Batista, que hoje tem o cargo de secretário-geral da Medalha do Corecon-SP. A edição 2016 da entrega da Medalha Ministro Celso Furtado foi realizada na Assembleia Legislativa, na noite de 5/12, e homenageou 30 economistas que se destacaram nas áreas pública e privada. O evento foi presidido pelo deputado Ed Thomas (PSB), que ressaltou a importância do trabalho dos economistas, lamentando que suas orientações nem sempre sejam levadas a cabo pela administração pública. "Se tivéssemos ouvido os economistas, não estaríamos vivendo essa situação", afirmou, referindo-se ao período de recessão por que passa o país. Vice-presidente do Corecon, Francisco Prisco Neto lamentou a conjuntura atual, com "inflação alta, queda tímida na taxa de juros e 60% das famílias endividadas", cheia de manchetes de corrupção. Entretanto, se disse esperançoso com relação ao futuro, ao ver reunidas naquela solenidade tantas pessoas que fizeram sua parte para tornar o mundo melhor: "Há luz no fim do túnel". Já Manoel Enrique Garcia, presidente da entidade de classe, disse que trabalha há anos com o único intuito de valorizar a profissão. Professor aposentado da USP, continua lecionando como sênior (sem vencimentos) e falou do privilégio que é estar em contato com os alunos. Ele elogiou todos os economistas presentes.