A Comissão de Educação e Cultura recebeu nesta terça-feira, 13/12, o secretário da Cultura, José Roberto Sadek, para falar sobre o andamento de sua gestão e das ações, programas e metas desenvolvidos pela sua pasta. Primeiramente, o secretário esclareceu sobre os percentuais orçamentários destinados a cada ação da Secretaria da Cultura. "A pasta é pequena, mas os programas e atividades são variados", disse ao explicar que o maior percentual orçamentário da pasta, 33,6%, é destinado para as atividades de formação, como fábricas de cultura e o Projeto Guri, embora essa área não seja a de maior visibilidade, a exemplo dos museus, que têm 16,7% do orçamento. Por conta da crise econômica, houve redução dos repasses previstos à secretaria no Orçamento estadual 2017 - em vias de ser aprovado pela Alesp. "Não há nenhum programa da secretaria que não tenha tido de enxugar seu orçamento, houve cortes para todos, com exceção à do Programa de Ação Cultural (ProAC), que teve aumento", frisou Sadek. O secretário divulgou a plataforma colaborativa SP Estado da Cultura, uma "ferramenta de mapeamento que facilita a divulgação e a transparência das iniciativas culturais que acontecem no território paulista". Ela permite não só o acesso às informações sobre eventos, programas e agentes culturais, como também permite que eventos sejam cadastrados pelos usuários. Pode ser acessada pelo link clique aqui Sadek falou sobre alguns dos museus mantidos pelo governo do Estado, recomendando a todos que visitem suas exposições: Diversidade Sexual, Afro Brasil, Índia Vanuíre (este em Tupã), da Imagem e do Som, e Pinacoteca, que possui a maior coleção de arte brasileira no país. Esses museus, incluindo o da Imigração e o da Resistência, entre outros, se integraram, entre os dias 5 e 11/12, na ação "#Sonhar o Mundo", abordando temas relacionados aos Direitos Humanos. O secretário ainda comentou o recente anúncio da Aliança Solidária, uma parceria com a iniciativa privada que permitirá a reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, que deve ficar pronto no primeiro semestre de 2019, ao custo de R$ 65 milhões. Oficinas culturais Respondendo a questionamento do deputado João Paulo Rillo (PT), o secretário explicou que as oficinas culturais não estão fechando. Há a ideia de estabelecer parceria com as prefeituras, que assumiriam parte das ações, notadamente a administração predial. A intenção da secretaria é até incluir oficinas profissionalizantes, como curso de web design. Sobre o Sistema Estadual de Cultura, Sadek informou que houve impasses jurídicos, mas que a proposta está atualmente na Casa Civil, para posterior envio à Alesp. Adilson Rossi (PSB) questionou o secretário sobre a situação dos programas mantidos pelo Teatro São Pedro, na capital, cujo contrato de manutenção, com a OS Instituto Pensarte, está vencendo. Segundo o secretário da Cultura, o contrato será renovado emergencialmente por alguns meses, mas não está descartada a redução de algumas atividades, justamente por conta da redução orçamentária. Haverá posteriormente uma nova licitação, informou. A presidente da comissão, deputada Rita Passos (PSD), agradeceu a visita do secretário e afirmou que "não tinha conhecimento da variedade das ações e programas mantidos pela secretaria". Ela ainda lamentou que as restrições orçamentárias atuais impeçam sua expansão. Participaram também da reunião os deputados Welson Gasparini (PSDB), Aldo Demarchi (DEM), Márcia Lia (PT), Leci Brandão (PCdoB), Gilmaci Santos (PRB) e Carlos Giannazi (PSOL).