Estudantes se mobilizam contra corte em curso da USP-Leste


14/12/2016 20:00 | Da Redação - Fotos: Marco Antonio Cardelino

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Audiência ocorreu nesta segunda feira, 12/12<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197789.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Giannazi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197790.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Presentes na audiência<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197791.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Giannazi fala na audiência <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197792.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência ocorreu nesta segunda feira, 12/12<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-12-2016/fg197793.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Estudantes da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP-Leste participaram nesta segunda-feira, 12/12, de audiência promovida pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL) para debater proposta de corte de vagas e a eliminação do turno matutino do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza (LCN).

Segundo Elizabete da Paixão, aluna do terceiro semestre, a informação de que há a intenção de cortar 50% das vagas de LCN partiu da Comissão de Coordenação de Curso. O objetivo seria suspender o turno matutino. Atualmente, são oferecidas anualmente 120 vagas, 60 no período matutino e 60 no noturno. O curso tem 256 alunos inscritos, divididos nos dois turnos. Os formados por ele recebem habilitação para lecionar diversas disciplinas, como química, física, biologia e ciências.

Elania Santos, também aluna, acrescentou que a alegação da coordenação para justificar o corte é que a procura pelo curso é baixa, há uma elevada evasão e vagas ociosas. "Em vez de apresentar uma solução para esses problemas, a instituição propõe criar um novo curso de bacharelado, o de Biotecnologia. Sofremos com a falta de professores bem formados para atender as necessidades do ensino básico e fundamental. Por isso, lutamos pela manutenção das 120 vagas e valorização do curso."

Formada há três anos, Amanda Carolina Hora da Silva diz que a maioria dos professores do curso de LCN se mostra a favor do corte de vagas e da criação de um novo curso. Já os alunos são unanimemente contra, mas não têm sido ouvidos. "Há falta de diálogo e de transparência", diz ela.

Guilherme Costa adverte que, se nada for feito, já em 2018, o curso será iniciado sem o período matutino. E o corte de vagas jamais será reposto. O estudante sustenta que o curso é ainda pouco conhecido por grande parte dos estudantes e jovens, principalmente os moradores da zona leste. Ele lembra que há apenas um ano o curso passou a receber estudantes que participam do SISU, Sistema de Seleção Unificada gerenciado pelo Ministério da Educação que atende candidatos participantes do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

Ações na Assembleia

O deputado Carlos Giannazi disse aos estudantes que vai acionar a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa para que esta encaminhe requerimento de informação e uma moção contra o esvaziamento do curso. O parlamentar também se comprometeu a procurar a direção da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP-Leste e a coordenação do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza para que estas expliquem a proposta de cortes.

"A Assembleia Legislativa tem a obrigação de dar voz aos alunos e intervir na universidade. Vamos encaminhar pedido de providências e solicitação de manutenção do curso à direção da EACH da USP Leste e ao reitor, Marco Antonio Zago." Giannazi destacou que a USP Leste é fruto de uma forte mobilização dos movimentos populares e que seu viés é essencialmente social, sobretudo para atender as necessidades da educação básica. Ele também apontou que o enxugamento dos cursos faz parte do desmonte da universidade, que implica a crescente terceirização dos serviços e a privatização.

alesp