Projeto aprovado na Assembleia garante atendimento prioritário a obesos grau III
12/01/2017 18:52 | Da Redação: Keiko Bailone
As pessoas com obesidade grau III, ou seja, aquelas que possuem o índice de massa corporal (IMC) acima de 40 Kg/m2 podem vir a usufruir de mais um direito: o do atendimento prioritário e acessibilidade em estabelecimentos bancários, comerciais e órgãos públicos que importem em atendimento por filas, senhas ou outros métodos similares.
O Projeto de Lei 784/2014, apresentado pelo deputado Gilmaci Santos (PRB) foi aprovado em 21 de dezembro último pelos parlamentares paulistas e aguarda sanção do governador. De acordo com o PL, deverão ser criadas senhas prioritárias de atendimento especial que evite, ao máximo, o deslocamento e a permanência em pé, nos estabelecimentos mencionados aos obesos grau III. Além disso, será destinado, no mínimo, um assento com dimensão, resistência e conforto compatíveis com o IMC das obesidades, em área identificada visualmente como exclusiva para essas pessoas. Vale lembrar, na Capital paulista já há salas de espetáculo e cinemas que dispõem de assentos especiais para obesos de grau III. Aliás, os trens do Metrô também oferecem essa facilidade.
Quanto ao acesso especial, deverá estar disponível em prédios públicos ou privados que sejam controlados por roletas ou catracas.
Em sua justificativa, Gilmaci Santos lembra que a obesidade é uma doença crônica e de difícil tratamento, sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde um dos principais problemas de saúde a enfrentar.
"Já é comprovado que pacientes com obesidade grau III podem ser comparados a portadores de necessidades especiais por terem problemas de resistência física e dificuldade de locomoção", disse Santos. Ele lembrou que obesos com 40 a 50 quilos acima do peso ideal ficam sujeitos a uma sobrecarga no organismo que causam problemas articulares e vasculares. É também comum esses pacientes apresentarem doenças com diabetes, hipertensão e apneia do sono.
População obesa
Segundo estudo publicado na revista científica Lancet, um quinto da população brasileira adulta, ou quase 30 milhões de pessoas, é obesa. A divulgação foi feita pelo site BBC Brasil em 1º/4/2016.
Com isso, o Brasil já se inclui entre os países mais obesos do mundo. São consideradas obesas, de acordo com a pesquisa, pessoas que tem o IMC acima de 30. Para se calcular o IMC deve-se elevar ao quadro a altura da pessoa e dividir pelo peso o resultado obtido.
A pesquisa, coordenada por cientistas do Imperial College London, comparou o IMC de cerca de 20 milhões de homens e mulheres de 1975 a 2014. Os dados se referem a 186 países.
De acordo com esse estudo, um quinto dos adultos do mundo será obeso em 2025 e as chances de atingir as metas da ONU para frear a obesidade nos próximos dez anos são "virtualmente zero". O objetivo da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que em 2025 os índices não sejam maiores que os de 2010.
O principal autor do estudo, Majid Ezzat, disse que há uma "epidemia de obesidade grave".
"Nossa pesquisa mostrou que em 40 anos nós fizemos a transição de um mundo em que o número de pessoas abaixo do peso era o dobro das obesas para um em que há mais obesos que pessoas abaixo do peso".
Espera por cirurgia
Enquanto isso, segundo notícia publicada no Jornal Hoje (MG) de 22/1/2016, a espera para fazer cirurgia bariátrica no SUS pode durar anos e, o que põe em risco a vida dos pacientes. A morte precoce seria doze vezes mais provável na população obesa mórbida do que na população normal.
A espera é apenas um dos problemas de quem quer fazer a cirurgia. Das 88 mil reduções de estômago realizadas no Brasil no ano passado, menos de 10% foram pelo Sistema Único de Saúde. O SUS paga os custos da cirurgia e dos exames, mas a atribuição de montar a estrutura depende de cada secretaria estadual. Em seis Estados, a cirurgia nem é oferecida pelo sistema público.
Outro problema da demora na fila de espera é o fato de que os pacientes têm de manter as condições favoráveis para a cirurgia. A balança não é o único indicativo. Além do excesso de peso, é preciso atenção a doenças comuns na obesidade, como as cardíacas, hipertensão e diabetes. Sem tudo isso controlado, o paciente não pode submeter-se a uma cirurgia.
"Também há caso de pacientes que não fazem o que deve ser feito para atingir o objetivo, que é adquirir bons hábitos antes da cirurgia", disse o endocrinologista da Santa Casa de BH, Cláudia Maria Andrade Fernandes.
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