Entrevista com a deputada Rita Passos


19/05/2017 17:05 | Larissa Leão - Foto: Vera Massaro

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Rita Passos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2017/fg202589.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Projetos inovadores e de relevância social marcam a carreira da deputada Rita Passos (PSD). A pedagoga, que está no seu terceiro mandato na Assembleia Legislativa, já foi presidente do Fundo Social de Solidariedade de Itu e secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento, no governo de José Serra. Para ela, "a política é um Ministério que deve ser levado a sério" e "trabalhar para as pessoas que mais precisam é a minha missão".

A parlamentar conta que, antes de atuar na área política, o seu marido, Herculano Passos, era prefeito de Itu, época na qual ela trabalhou no Fundo Social de Solidariedade da cidade. Rita conta que nesta época foram realizados "trabalhos fortes e de relevância", como a campanha de vacinação contra o vírus HPV em Itu, o Centro de Convivência Dia para Idosos e o Nova Vida, que levaram as pessoas a pedir que ela entrasse na política para continuar ajudando. Pedidos que ela acabou aceitando.

Lei da Adoção

Um dos feitos reconhecidos da deputada foi a criação da Lei 14.464/11, que institui a Semana Estadual da Adoção. Rita explica que, apesar de o dia 25 de maio ser estabelecido como o Dia Nacional da Adoção, "um dia apenas não basta, as pessoas esquecem, quando se trata de uma semana, você tem a oportunidade de se programar para visitar um abrigo ou fazer um debate sobre as dificuldades ou realizar outras atividades que abrangem o tema".

Além da conscientização a respeito do assunto, a parlamentar alerta que é necessário aumentar o número de varas judiciais especializadas em adoção no Estado de São Paulo. "Poucas são dedicadas à questão", esclarece. Rita explica que a maioria das varas que têm trabalhado nessa questão trata de outros temas. "Precisamos de psicólogos e assistentes sociais que acompanhem o processo, são profissionais especializados", diz.

Preocupação com o meio ambiente

A parlamentar também atua em pautas voltadas à preservação do meio ambiente. Seu projeto sobre garrafas PET, o PL 436/2008, que propõe a obrigatoriedade de produtoras, distribuidoras e envasadoras de garrafas PET ou plásticas paulistas desenvolverem programas de reciclagem, reutilização ou reaproveitamento dos produtos. Ele foi aprovado pela Assembleia Legislativa, mas vetado pelo governo em 2013. Agora, a deputada luta para derrubar o veto.

Rita diz que, quando chove em São Paulo, "o acúmulo de garrafas PET é visível" e em sua visão, é urgente um esforço no sentido de diminuir esse impacto.

A proposta é de que os próprios fabricantes montem um programa de reciclagem e mantenham um local para a reciclagem dos materiais, "evitando danos para a cidade, para o cidadão e para o Meio Ambiente".

Educação e Escotismo

Outro tema de interesse da deputada é o do escotismo. Segundo ela, a atuação dos escoteiros pode ser de grande auxílio na formação e no caráter da sociedade, além de incentivar a ajuda ao próximo. Em virtude disso, a deputada criou a Lei 16.304/16, que estabelece o Programa de Estímulo ao Escotismo nas Escolas Estaduais.

A lei permite a implantação da prática do escotismo na rede estadual de ensino, afim de que os alunos tenham atividades com grupos de escoteiros nos espaços físicos das escolas. Para que a lei não fique apenas no papel, a deputada trabalha para a regulamentação do escotismo nas escolas. Com isso, junto à secretaria da Educação e da União dos Escoteiros do Brasil, Rita busca parcerias para que as escolas estaduais que possuírem o Programa Escola da Família, do governo de São Paulo, possam receber os escoteiros para a realização das atividades. Essa prática inspirou outras cidades, como Agudos, Lupércio e Lucélia, a implementar programas semelhantes.

Atuação Parlamentar

A deputada é ex-presidente da Comissão de Educação e Cultura, da qual atualmente é membro. Em relação a sua atuação como presidente, ela ressalta que a comissão foi "muito atuante e sempre trouxe temas calorosos". Segundo ela, nenhum projeto ficava parado, já que as reuniões eram logo marcadas e o processo era passado adiante. A parlamentar também é membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana há oito anos.

Ela lamenta o fato de haver poucas mulheres na política e afirma que é fundamental um maior engajamento por parte delas. "Infelizmente, mulheres que gostam da política acabam apoiando outros candidatos", diz. "O problema está no fato de poucas se candidatarem a cargos".

Projetos Futuros

Rita Passos destaca que gostaria que as coisas fossem mais rápidas em relação à aprovação dos projetos na Casa. Para ela, "o Legislativo é muito dependente do governo", diz. Contudo, Rita mostra-se confiante e esperançosa para que as coisas sejam melhores e mais dinâmicas.

Sobre as próximas eleições, a deputada afirma que a tendência é se candidatar novamente, mas não dá certeza. "Está sempre nas mãos de Deus, Ele é quem vai me mover."

alesp