Secretário de Transportes Metropolitanos fala sobre as obras do Metrô

O objetivo da secretaria é concluir obras em andamento
23/05/2017 16:51 | Keiko Bailone - FOto: Raphael Montanaro e Vera Massaro

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Caramez (1º à esq.), Macris (2º à esq.) e Pelissioni (ao centro)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2017/fg202690.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Clodoaldo Pelissioni<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2017/fg202688.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mesa e público presente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2017/fg202689.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado, Clodoaldo Pelissioni, apresentou a gestores públicos e representantes da área metroferroviária, uma visão geral do sistema de transporte no Estado de São Paulo. O encontro aconteceu na última segunda-feira, 22/5.

Clodoaldo Pelissioni lembrou dos números grandiosos do Metrô de São Paulo e comparou-os a Metrô da Bélgica. "O Metrô de Bruxelas transporta um milhão de pessoas por ano. Na Linha 4 do sistema metroviário paulista nós transportamos 600 mil pessoas diariamente".

Pelissioni resumiu: "São mais de 13 mil empregos gerados que, se multiplicados por três, significariam mais de 50 mil empregos diretos e indiretos; investimentos equivalentes a R$ 5 bilhões em 2016 e que deve chegar a R$ 6 bilhões este ano", disse.

Apresentando fotos ilustrativas das obras de cada linha do Metrô, o secretário informou as etapas das estações, justificou os atrasos, interligações, tarifas, trens e desapropriações. Também acrescentou dados de outros sistemas como o monotrilho e os ônibus de interligação para aeroportos ou municípios vizinhos. Após cada apresentação, o secretário aproveitava para convidar os presentes a visitar as obras.

"Não há outro Estado que tenha investido tanto como São Paulo", declarou, lembrando ainda que, entre as metas do atual governo, está a modernização de frotas antigas tanto da Companhia do Metrô, quanto da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos até o final de 2018. Os trens da CPTM em operação atualmente datam de 1958. Pelissioni adiantou que a ideia é colocar ar condicionado, trocar bancos, motor, cabine, câmeras e monitores.

Disse, ainda, que ao assumir a pasta, em janeiro de 2014, ouviu apenas uma palavra do governador: entrega. Explicou que o seu objetivo é o de entregar as obras em andamento e modernizar os que já existem. Apesar da crise.

Mais trens e ferrovias em vez de rodovias

Na sequência, o deputado João Caramez (PSDB), coordenador da Frente Parlamentar em defesa do Transporte Metroferroviário (Ftram), manifestou-se a favor da diversificação dos modais. Lembrou que na década de 70 o Estado possuía uma das maiores malhas ferroviárias. Entretanto, hoje, apenas 2/3 dessa malha continua em uso. "Há estudos que mostram a saturação de nossas rodovias. São Paulo tem as melhores rodovias do Brasil e mesmo assim, se o governo não optar pelo sistema metroferroviário, será impossível chegar à Capital daqui a alguns anos", alertou.

Reflexão sobre o Estado

Ao se pronunciar, no final da apresentação de Pelissioni, o presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris, destacou a necessidade de se repensar o Estado tal qual o concebemos, a falência do atual modelo administrativo, no sentido de que se possa dar uma resposta rápida à sociedade e a onipresença de tecnologias modernas que substituem a mão de obra.

"Não se admite gestão pública sem planejamento", argumentou, ao citar os projetos elencados por Pelissioni. "Nessa área de mobilidade urbana, são discutidos projetos que serão executados em 2030, ou seja, para daqui a 13 anos; a isso dá-se o nome de planejamento", pontuou.

Sobre a burocracia que emperraria as ações do atual modelo de gestão dos Estados, Macris argumentou que as concessões por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP) seriam uma maneira de transferir a rapidez da iniciativa privada para o setor público. Quanto às novas tecnologias, o presidente afirmou que "não há como remar contra a maré e, portanto, temos que pensar em como gerar emprego". Apontou a área de infraestrutura urbana, dando exemplo dos empregos gerados pelas obras no Metrô. "Em cada linha, são cinco mil empregos", reafirmou.

alesp