A Comissão de Saúde da Alesp, presidida pelo deputado Cezinha de Madureira (DEM), promoveu nesta terça-feira (23/5) uma visita técnica ao Hospital São Paulo, na zona sul da Capital. Além do presidente, participaram os deputados Carlos Neder (PT), Luiz Carlos Gondim (SD), Milton Vieira (PRB), Marcos Martins (PT) e Doutor Ulysses (PV), todos membros da comissão. No encontro, os parlamentares ouviram as reivindicações do conselho gestor da instituição, que conta com lideranças como a reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraya Smaili, e o diretor administrativo do hospital, Marcelo Santos.

Os gestores exibiram dados e revelaram aos deputados uma dívida acumulada de R$ 160 milhões. A justificativa, de acordo com eles, foi o corte no repasse de verbas do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), por meio do qual a entidade já recebeu R$ 55 milhões somente nos últimos três anos. O corte aconteceu no último dia 28/4, quando o Ministério da Saúde publicou os valores que seriam recebidos por 49 instituições, deixando de fora o São Paulo.

Em visita à capital paulista na semana passada, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que o hospital consta no cadastro do Ministério da Saúde como instituição filantrópica. Segundo ele, a instituição tem a Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área de Educação (Cebas), o que já proporcionaria benefícios; com isso, o recebimento acumulado do Rehuf estaria inviabilizado.

Na reunião, a reitora da Unifesp afirmou que o corte decorreu de uma confusão jurídica e conclamou os deputados a redigirem um documento para ser levado aos Ministérios da Saúde e Educação, o que foi prontamente atendido pelos parlamentares, que se prontificaram a levar o documento pessoalmente a Brasília. "Nos posicionaremos junto às nossas lideranças na Alesp para levar o pleito do povo paulista para que os ministérios revejam os conceitos em relação ao Hospital São Paulo", afirmou o deputado Cezinha de Madureira.