Líderes destacam importância da liberdade religiosa


30/05/2017 18:40 | Keiko Bailone - foto: igor gonçalves

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Deputados e representantes durante a solene<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2017/fg203016.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Campos Machado (ao microfone)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2017/fg203014.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2017/fg203015.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cauê Macris<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-05-2017/fg203017.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Representantes de várias igrejas como a católica, evangélica, muçulmana, zen-budista, espírita e de matrizes africanas, fizeram coro, nesta segunda-feira (29/5) à celebração do Dia Estadual da Liberdade Religiosa. Comemorada desde 2014, quando foi editada a Lei 15.365, de autoria do deputado Campos Machado (PTB), os religiosos reiteraram as manifestações de parlamentares e autoridades presentes em prol da união, fé, esperança e amor e contra a intolerância ainda presente neste século XXI.

Ao abrir a sessão solene, o presidente Cauê Macris (PSDB) disse que, ao ser eleito, assumiu como um de seus compromissos, juntamente com os demais 93 parlamentares, estimular a utilização plena do Parlamento paulista. Desta forma, não poderia haver local mais adequado à celebração da liberdade religiosa que a Assembleia Legislativa.

Campos Machado relatou como resolveu encampar a temática da liberdade religiosa. À época em que trabalhava como advogado criminalista, foi procurado por adventistas. Na ocasião, eles o informaram sobre policiais civis e militares estarem impedidos de prestar concurso, frequentar escolas e outras atividades aos fins de semana, sob risco de afrontarem sua fé. "Esta briga durou dois anos e foi aí que resolvi lutar para resolver a questão. Esta é a maior das liberdades", disse.

O parlamentar falou, ainda, que as religiões baseiam-se em três palavras: amor, fé e esperança. "O amor que une os corações das pessoas; a fé na família, em Deus, nas crenças de cada um; e a esperança que se renova e nos faz acreditar", disse.

Intolerância

A deputada Clélia Gomes (PHS) denunciou um caso de intolerância religiosa ocorrida no dia 28/5. Um pai de santo teria sido esfaqueado durante um culto em sua casa. Segundo ela, não há como fazer o boletim de ocorrência pela internet porque no site da secretaria de Segurança Pública não há um ícone para a intolerância religiosa. "Por esta razão, acionamos o Ministério Público. Apesar de cursos e fóruns sobre liberdade religiosa, infelizmente ainda se veem atitudes como estas. Dói muito não poder professar sua fé dentro de sua casa. Minha religião tem o verbo respeitar, aceitar todos, independentemente de quem quer que seja", disse.

Estiveram presentes no ato solene o Pastor Edmar Ribeiro, representando todas as linhas evangélicas; Alcides Coimbra, secretário geral da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e também da International Religious Liberty Association (Irla); Padre Nélson Silvino; o Babálorixá Tinho D"Ode, representando as religiões de matriz africana; Luiz Madureira, secretário adjunto da Justiça e Defesa da Cidadania; e o sheik Abdelhamed Metnally.

Todos eles manifestaram-se contra a intolerância, observando que o Brasil, como Estado laico, permite a celebração de todos os credos, garantidos inclusive pela Constituição Federal.

Ao final da cerimônia, foram entregues medalhas a cerca de vinte representantes de religiões diversas.

alesp