Frente Parlamentar quer fortalecer a imagem de São Paulo no cenário internacional


31/05/2017 20:43 | Keiko Bailone - Foto: Raphael Montanaro

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Dados que tornam São Paulo um dos Estados mais cosmopolitas do mundo: 150 diferentes nacionalidades, 99 sedes físicas de corpos diplomáticos aqui instalados, parceiros, projetos e programas de cooperação internacional. Estas foram algumas das características citadas pelo deputado Marco Vinholi (PSDB) ao presidir nesta terça-feira, 30/5, ato solene de lançamento da Frente Parlamentar das Relações Exteriores, da qual será o coordenador.

"A cooperação do Estado de São Paulo com o estrangeiro alicerça-se na atração de boas práticas e recursos internacionais, mas também na capacitação e transferência de tecnologias para países em desenvolvimento, principalmente nas áreas de segurança pública (polícia comunitária), habitação e biocombustíveis", disse Vinholi. Além disso, ele referiu-se ao que considera uma das mais importantes ações do Estado de São Paulo, o acolhimento de refugiados de países em conflito e vítimas de tráfico de pessoas.

São Paulo é o Estado que mais recebe solicitações de refúgio no Brasil; cerca de 41% do total, segundo a agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados.

Iniciativas junto à comunidade estrangeira

O secretário municipal de Relações Internacionais, Júlio Serson, falou sobre o programa desenvolvido pela prefeitura paulista junto às comunidades estrangeiras. "Identificamos algumas áreas em que essas comunidades pudessem ter uma atuação permanente. Na gastronomia, cultura ou restauração de locais turísticos", disse, e exemplificou o investimento de R$ 6 milhões de reais de empresas francesas para recuperar o Largo do Arouche com aporte zero.

A chefe do escritório do Itamaraty em São Paulo, Débora Barenboim, falou da permanente atividade internacional em solo paulista e citou os laços do Mercosul, União Européia, China, México e Estados Unidos e, mais recentemente, África. Lembrou que a capital paulista tem mais de cem consulados, sendo o segundo maior número depois de Nova York.

Para Floriano Pesaro, secretário estadual de Desenvolvimento Social, São Paulo criará linhas de comunicação necessárias para levar suas experiências para além de suas fronteiras e trazer o que há de melhor em outros países. "Nesta cidade, somos muitos imigrantes, mas temos também duas tribos indígenas, uma em Parelheiros e outra no Pico do Jaraguá. Assim é o nosso Estado: cosmopolita, cuja construção se deu graças à multiplicidade racial, cultural e social", disse.

O acolhimento ao imigrante

O cônsul geral de Portugal em São Paulo, Paulo Lourenço, falou da dinâmica da cidade. "É uma metrópole com uma vibração permanente. Uma peculiaridade da cidade, do Estado e do próprio país é o acolhimento dos brasileiros às comunidades estrangeiras", disse.

A deputada federal Bruna Furlan, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, falou sobre a Lei da Imigração, atualmente na análise dos vetos pela Câmara Federal. Esta lei, segundo ela, descriminaliza o fluxo migratório e criminaliza o exportador de estrangeiros, vulgarmente chamado de coiote. "Contempla o imigrante, o emigrante e o apátrida", esclareceu.

Participaram também do evento os deputados Roberto Trípoli (PV), membro desta Frente Parlamentar, e João Caramez (PSDB).

alesp