A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga práticas de cartelização pela indústria da citricultura no Estado de São Paulo ouviu representantes de empresas do setor nesta quarta-feira (7/6). Edélcio Oliveira, diretor agrícola da Branco Peres Agribusiness, disse que não tem acesso às questões administrativas da empresa e que atua como responsável pela produção agrícola da laranja. A companhia tem 115 funcionários, e produz somente subprodutos derivados da laranja para o exterior. Para o deputado Chico Sardelli (PV), algumas empresas têm a prática de "jogar a responsabilidade para outras pessoas", evitando se posicionar sobre o tema que foi questionado. Ele aponta que os cartéis realizados por grandes companhias resultam no "massacre dos pequenos produtores". O diretor geral da Frucamp Indústria, Demetrius de Souza, falou sobre a história da empresa e de seus trabalhos com a citricultura. Criada em 1996 por 42 produtores de laranja, a companhia só entrou para a extração do produto em 2015, porque enfrentou dificuldades com o seu terreno em Catanduva. A CPI continuará os trabalhos nesta quinta-feira (8/6) e ouvirá depoimentos de outros sete representantes de entidades relacionadas à área da citricultura.