A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Citricultura deu sequência, nesta quinta-feira (8/6), aos depoimentos das empresas convidadas para prestar esclarecimentos. Os representantes foram questionados sobre a suspeita de cartel na indústria da citricultura e a política adotada no mercado. Foram convocadas Citrosuco S/A Agroindústria, Louis Dreyfus Commodities Brasil, Sucocítrico Cutrale Ltda, Cargill Agrícola S/A, Associação Brasileira de Citricultores (ASSOCITRUS), Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP) e Sociedade Rural Brasileira (SRB). Porém, somente alguns representantes deram seus depoimentos. As oitivas restantes ficaram para o próximo encontro. Diretor de Operações da Louis Dreyfus Company no Brasil, Jorge Costa afirmou que não poderia responder as perguntas em plenário porque elas diriam respeito a estratégia de negócio. "Caso a empresa seja intimada, certamente irá responder a todos os questionamentos", disse. Sobre a formação de cartel, o diretor disse não ter conhecimento do assunto. A organização, que é conhecida mundialmente, produz sucos e subprodutos cítricos em mais de 70 países. Já o diretor agrícola da Sucocítrico Cutrale, Valdir Guessi, contou um pouco da relevância da instituição no mercado. A companhia criada em 1954 cultiva e processa à laranja desde 1967. Guessi afirmou que todos os dados estão a disposição da comissão, mas disse não ter acesso ao regime utilizado pela empresa no mercado. O deputado José Zico Prado (PT) questionou a falta de conhecimento dos diretores. "Nós temos que oficializar o pedido às empresas se não vamos fazer uma CPI de faz de conta", comentou. No fim da sessão, foram aprovados três requerimentos solicitando a participação de outras empresas do segmento na CPI. O presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e um representante do Ministério Público (MP) também foram convocados. Estiveram presentes os deputados Marco Vinholi (PSDB), Barros Munhoz (PSDB), Edson Giriboni (PV), Pedro Kaká (PODE) e Ed Thomas (PSB).