Comissão de Saúde apura negligência em maternidade


20/06/2017 20:04 | Larissa Leão - Foto: Maurício G. de Souza

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Comissão de Saúde<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2017/fg203955.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Comissão de Saúde<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2017/fg203983.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Antonio Rugolo Jr e Cezinha de Madureira (à esq.) ouvem Fabiano Milan (à dir.)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2017/fg203977.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O diretor técnico da Maternidade Santa Isabel, Fabiano Milan, e o presidente da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, Antonio Rugolo Jr, foram ouvidos nesta terça-feira (20/6) pela Comissão de Saúde da Alesp. Ambos prestaram esclarecimentos sobre as denúncias de negligência em partos realizados no hospital, em Bauru.

A Maternidade Santa Isabel atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a Fundação para o Desenvolvimento Médico Hospitalar (Famesp) é a atual administradora.

O diretor técnico da Maternidade, Fabiano Milan, apresentou dados fornecidos pela Vigilância Sanitária de Bauru e informou que, desde 2012 até este ano, ocorreram sete casos de morte nos partos, sendo três sem perspectivas de salvamento. "Uma gestante chegou pelo SAMU e já havia falecido; outra, com HIV, que apresentava insuficiência renal; e uma moradora da rua, que sofreu convulsão", explicou. Além disso, destaca que atendem 300 partos por mês. "É um absurdo e decepcionante essa especulação da falta de competência da administração", disse Rugolo Jr.

Ainda segundo Milan, não houve diálogo com a população. "O hospital realiza um trabalho sério, que foi prejudicado pelos justiceiros sociais", explica quando questionado sobre a morte de uma gestante da comunidade no entorno do hospital. "Isso gerou a fermentação desses grupos que atacaram a Maternidade pelas redes sociais. Nós sempre buscamos humanizar nossos trabalhos, deixar o ambiente agradável para as gestantes", disse.

O presidente da Comissão, deputado Cezinha de Madureira (DEM), questionou o diretor do hospital sobre os papéis do município e da rede estadual básica de saúde. "A função da maternidade é receber as mulheres para elas darem à luz. O neonatal é responsabilidade do município", afirmou.

Sobre o registro de boletim de ocorrência (BO) por pacientes e médicos, ele disse que "uma gestante que chegou com sangramento queria realizar uma cesária, mas ela não tinha a quantidade de plaquetas para fazer e por isso ela quis abrir um BO".

O quadro funcional da maternidade é composto por 26 obstetras, 16 anestesistas e 20 pediatras - sendo três pediatras, três obstetras, dois anestesistas e enfermeiras especializadas de plantão.

Hospital São Paulo

Durante a reunião, também foram ouvidos estudantes da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) a respeito dos problemas enfrentados pelo Hospital São Paulo. Eles apresentaram um documento sobre a situação. Segundo o estudante de Medicina, Arthur Sape, "houve uma redução de 740 para 360 leitos".

Estiveram presentes, além do presidente, os deputados Hélio Nishimoto e Pedro Tobias (ambos do PSDB), Carlos Neder e Marcos Martins (ambos do PT), Doutor Ulysses (PV) e Itamar Borges (PMDB).

alesp