Representantes da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A (EMAE) prestaram esclarecimentos sobre os serviços de travessia por balsa que transporta os moradores da Ilha de Bororé. O presidente da da empresa, Luiz Carlos Ciocchi, o diretor de Geração, Jean Cesare Negri e o gerente do departamento jurídico, Pedro Brito, foram ouvidos nesta quarta-feira (28/06) pela Comissão de Transportes e Comunicações da Alesp. A Ilha de Bororé é um bairro localizado no extremo sul da cidade de São Paulo, cercado pela represa Billings. A operação da balsa de transporte para a ilha é feita pela EMAE durante 24h, todos os dias da semana. Os moradores da região criticaram a forma como o serviço é executado: com filas de espera, assaltos, redução de velocidade e má qualidade das embarcações. Segundo o deputado Ênio Tatto (PT), o governo de São Paulo deveria ter responsabilidade com a situação. "Antes, os moradores demoravam três minutos para atravessar. Agora, com a diminuição da velocidade, demoram de quinze a vinte minutos. Falta iniciativa política para trazer uma solução". Para Ciocchi, o transporte não está na competência da EMAE. "Sobre a velocidade vou pedir uma apuração para tomarmos as devidas providências", diz. O presidente da comissão, João Caramez (PSDB), sugeriu levar a discussão ao Departamento Hidroviário de São Paulo. "Quero estabelecer um caminho que transporte os moradores pela balsa da região de Grajaú a Diadema, com destino ao Terminal Jabaquara. O trajeto duraria quarenta minutos e facilitaria a vida da população." Segundo a moradora aposentada da ilha, Conceição da Silva, a maior dificuldade está na travessia. "A cada dia que passa a população aumenta e nós sofremos com a espera de mais de duas horas para tomar a balsa", lamenta. Conceição lembra que antigamente existiam dois imóveis da Guarda Civil Metropolitana Ambiental locados perto da balsa, "que ajudavam na segurança." Luiz Carlos Ciocchi apresentou um projeto de nova balsa para a população da região, que está prevista até o primeiro semestre de 2018. A nova ampliação comporta 304 passageiros e 22 veículos. Ao final da reunião, foi atendido o pedido do deputado José Zico Prado (PT), que sugeriu aos parlamentares visitarem a região e conversarem com os moradores para definir o melhor encaminhamento. Caramez ressaltou que "é responsabilidade dos parlamentares ajudar as pessoas, independentemente do partido". Estiveram presentes na reunião, além dos citados, os deputados Aldo Demarchi e Edmir Chedid (ambos do DEM), Roberto Morais (PPS), André do Prado (PR), Gileno Gomes (PSL) e Edson Giriboni (PV).