Proposta deve facilitar o uso de cães-guia pelas pessoas com deficiência visual


03/07/2017 18:26 | Beatriz Correia

Compartilhar:

Cão-guia <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2017/fg204792.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa de São Paulo propõe a criação de uma Central de Treinamento para cão-guia no Estado. Pelo projeto, a Central estará vinculada à Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência que vai cadastrar os interessados. Qualquer pessoa poderá cadastrar-se no site oficial da Secretaria.

O projeto de lei é de autoria do deputado Gil Lancaster (DEM). "Quando pensamos em profissões, sempre existem aquelas consideradas mais nobres. No mundo animal, os bichos também exercem trabalhos que ajudam muito a vida dos humanos, como o cão-guia que realiza uma função comovente na ajuda aos deficientes visuais", disse.

A proposta está tramitando na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais.

O Brasil tem mais de 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual. De acordo com o IBGE, mais de 500 mil são cegas e quase 6 milhões possuem baixa visão ou visão subnormal. Contudo, o número de cães-guia no país é estimado em apenas 100 animais. A lei 11.126 de 2005 garante ao deficiente visual o direito de entrar e permanecer acompanhado de cão-guia em qualquer ambiente de uso coletivo.

O Instituto Iris, criado em 2002 pela advogada Thayz Martinez, faz o treinamento e doação de cães-guias. O custo para o treinamento de um cão é de R$ 35 mil e a organização já doou 40 animais. As raças mais recomendadas para o treinamento são labrador e golden retriever. No Brasil, o labrador é o mais comum. "Sempre acreditamos que a parceria entre os três setores, ONGs, governo e empresas é o melhor caminho para superar o desafio de garantir cães-guias para as pessoas cegas", afirma Thayz.

alesp