Representantes dos institutos Geológico, Florestal e de Botânica reuniram-se na última sexta-feira (11/8) na Alesp e discutiram os problemas enfrentados pelos órgãos. As instituições compõem a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA) e colocam-se contrárias ao plano do governo de unir as três fundações no Instituto da Biodiversidade, com sede única. "A fusão servirá para maquiar a intenção da venda dos imóveis. Não há interesse de melhorar as pesquisas e as especificidades de cada órgão não foram consideradas", explica Paulo César Fernandes, do Instituto Geológico (IG). Os representantes compareceram à Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos de Pesquisa e Fundações Públicas do Estado de São Paulo, coordenada pelo deputado Carlos Neder (PT). O deputado afirmou que as denúncias são graves. "O objetivo do governo é transformar esse patrimônio em dinheiro. O problema é muito mais complexo que apenas fundir os institutos, as decisões podem levar à extinção dos órgãos", afirmou. De acordo com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), entre 2014 e 2015 foram realizadas, em média, 1426 pesquisas. Representando o Instituto Florestal (IF), Elaine Aparecida Rodrigues afirmou que a união dos órgãos comprometerá o patrimônio natural do Estado. O IF, vinculado à SMA desde 1986, é responsável pela preservação de dez estações ecológicas, um parque estadual, 18 estações experimentais, dois viveiros florestais, dois hortos florestais e 14 florestas, somando mais de 53 mil hectares. O Instituto de Botânica alegou que a modificação estrutural das fundações não passou por sugestões de funcionários. "Houve um pedido de desocupação imediata e sem justificativa do herbário e do acervo fotográfico do instituto.", declarou Inês Cordeiro, representante do órgão.