Audiência discute escola em tempo integral


21/08/2017 20:21 | Da Redação - Foto: Raphael Montanaro

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Carlos Giannazi (2º à esq.) e mesa condutora dos trabalhos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg206972.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Giannazi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg206974.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Audiência sobre escola em tempo integral<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg207007.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Alesp promoveu audiência pública para debater o projeto que institui o período integral nas escolas do Estado. A proposta busca oferecer aos alunos ensino integral por um período de até nove horas e meia. O evento presidido pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), nesta segunda-feira (21/8), contou com a presença de professores, alunos e pais da Escola Estadual Monsenhor Seckler, localizada no município de Porto Feliz.

Membro da Comissão de Educação e Cultura, Carlos Giannazi comentou a implantação do programa nas escolas do estado. "Não somos contra o aluno em período integral na escola, mas nos moldes que a educação se encontra é inviável", afirmou. O deputado citou que na teoria o projeto é bom, porém na prática funciona de forma excludente.

Professor da Escola Monsenhor, Valmir Codi criticou o projeto. "Contamos com 910 alunos matriculados. Contudo, caso a proposta seja aceita, somente 180 serão beneficiados", criticou. O restante dos alunos seria transferido para outras escolas. Valmir conta que já é a terceira proposta feita à escola para aderir ao programa.

A professora Rita Diniz, membro da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), não considera a alteração como positiva. "Nós entendemos como prejudicial aos alunos esse método de educação. Além disso, os professores também podem ser afetados", disse.

O projeto, instituído pela Lei Complementar 1164/2012 (posteriormente alterada pela Lei 1191/2012), visa a melhorar o ensino e a agregar outras atividades para formar jovens capacitados para o mercado de trabalho. O programa apresenta necessidades de mudanças no atual modelo de ensino das escolas estaduais. De acordo com dados do governo do Estado, hoje são mais de 48 mil alunos atendidos em 235 escolas. Já no Novo Modelo de Escola Integral, serão 104 mil alunos em 309 escolas, acolhidos com três refeições diárias.

alesp