Professores, pais e alunos da EE Monsenhor Seckler, de Porto Feliz, reuniram-se no dia 21/8 em audiência pública promovida pelo deputado Carlos Giannazi. Eles buscam garantir que prevalecerá a decisão do conselho escolar, rejeitando a implantação do programa Escola de Tempo Integral na unidade. Conforme Rita Diniz, dirigente da Apeoesp, a adesão traria mais prejuízos do que benefícios, a começar pelo seu alcance. Dos atuais 910 alunos, apenas 180 seriam incluídos no programa. Os demais seriam transferidos, agravando inclusive a superlotação das salas nas demais instituições. Os professores Walmir, Bruno e Humberto destacaram outros problemas, como o fim das turmas noturnas e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em uma unidade central, acessível aos que trabalham. O próprio estudo em tempo integral causaria problemas a muitas famílias, já que vários alunos ajudam seus pais em pequenos negócios. Para Giannazi, o Escola de Tempo Integral seria uma proposta interessante se fosse implantada com os recursos necessários. Mas não é o que acontece. "Em São Paulo, o projeto é uma farsa usada para dissimular o fechamento de salas, turnos e escolas. Não há material, oficinas, laboratórios e nem servidores. São depósitos de crianças", alertou o deputado, que levará o caso à Comissão de Educação.