Assembleia Legislativa aborda as dificuldades da pesquisa científica no Estado


29/08/2017 16:00 | Vinicius Moreira - Foto: Marco Antonio Cardelino

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Reunião Frente Parlamentar<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg207443.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Carlos Neder<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg207444.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião Frente Parlamentar<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg207445.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião Frente Parlamentar<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg207447.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos e Fundações reuniu-se nesta terça-feira (29/8) para propor melhorias e discutir os problemas vivenciados pelos pesquisadores, principalmente com relação à falta de recursos na área da pesquisa científica.

O evento foi presidido pelo deputado Carlos Neder (PT) e contou com representantes de diversas fundações e institutos de pesquisa, como a Associação dos Pesquisadores Científicos (APQC).

Neder criticou as políticas públicas para o segmento. "É difícil explicar as medidas já adotadas pelo governo, como a extinção de fundações e a venda de patrimônios dos institutos públicos de pesquisa. Ao mesmo tempo, temos algumas propostas de fusão de alguns órgãos. Na prática o que nós estamos vendo é uma transformação do patrimônio público em ativo financeiro para fazer dinheiro."

A representante do Instituto de Economia Agrícola (IEA), Rosana Pithan, afirmou que quando iniciou o seu trabalho no IEA eram cerca de cento e vinte pesquisadores; hoje, somente vinte e cinco são responsáveis pelo Estado inteiro. Ela explicou que a falta de recursos acarreta dificuldades até para futuras explorações. "A pesquisa básica é fundamental para o desenvolvimento de pesquisas mais específicas. Sem elas, não há base para o surgimento de outras áreas. Vejo uma intenção para o desmanche do nosso setor, seja com a mudança de endereço ou com a falta de reposição de funcionários aposentados", afirmou.

Para o pesquisador do Instituto Geológico (IG), Paulo Cezar Fernandes da Silva, uma das dificuldades do instituto é a relevância das pesquisas. "O IG também vive essa realidade. Há pesquisas que interessam ao mercado, como é o caso da descoberta do minério e sua futura exploração. Porém, na área de riscos e desastres, na qual atuo, o interesse é meramente público. Não há interesse privado em mapear locais de risco, que ameaçam a população", relata.

Outro tema discutido foi o convite feito por Carlos Neder para que os representantes dos institutos comparecessem à reunião da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia. O deputado encaminhou um requerimento à comissão solicitando uma audiência pública para expor os problemas e buscar soluções para o setor. A proposta é que estejam presentes promotores públicos e membros da Secretaria do Meio Ambiente.

alesp