Reunião debate trens de carga e de passageiros


18/09/2017 17:48 | Da Redação - Foto: Vera Massaro

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Luiz Gustavo Bambini (ao microfone) fala para políticos e representantes do setor<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2017/fg208803.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Luiz Gustavo Bambini (ao microfone) fala para políticos e representantes do setor<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2017/fg208806.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Participantes do evento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2017/fg208807.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Frente Parlamentar em prol do Transporte Metroferroviário reuniu-se nesta segunda-feira (18/9), na Assembleia Legislativa. O conflito envolvendo os trens de carga e de passageiros foi abordado pelos dois lados.

O diretor de Relações Institucionais da empresa MRS Logística S.A., Luiz Gustavo Bambini, falou sobre os desafios para o transporte ferroviário de carga na região metropolitana. "Há anos os passageiros vêm sendo prejudicados ao aguardar a passagem de trens de carga com quase 40 vagões pelos trilhos para, então, conseguir fazer o trajeto necessário", afirmou.

Esta exigência de compartilhamento é legal e, segundo os palestrantes, demanda uma solução completa e complexa, já que envolve planejamento e altos investimentos.

Sobre as manutenções que acabam sendo realizadas aos domingos, pela diminuição do fluxo de usuários, o vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, Edson Artibani, explicou: "não dá para fazer em horários de demanda. No [dia de realização do] Enem, por exemplo, deixaremos a linha exclusivamente para passageiros até as 13h mas, na volta, terão de esperar 25 a 30 minutos para entrar no trem e voltar pra casa", declarou Artibani, da CPTM.

De acordo com Artibani, os passageiros vêm sendo prejudicados desde 2007, com o aumento da espera pelos trens de passageiros. Em 2013, houve crescimento e eram quase 8 milhões de usuários. Com a crise, os números caíram, mas há sinais de aquecimento. A saída é buscar outras alternativas. Uma delas foi a parceria com a MRS. A circulação dos trens de carga, com 70 vagões, passou a ser feita de madrugada, na região do Brás.

A MRS detém a concessão de transporte dos trens de carga em São Paulo e está no processo de repactuação dos contratos. "A repactuação pressupõe uma obrigação de investimentos por parte da concessionária que não estava prevista e a ANTT fará a regulação", informou Bambini.

A necessidade da segregação foi unanimidade entre os participantes da reunião. "Sem a segregação das linhas, não haverá solução do conflito, mas o ferroanel também ajudará; porém não há nem projeto, ainda. As segregações propostas em conjunto com a CPTM permitirão que os trens de carga entrem na cidade de São Paulo e façam descargas para a região da rua 25 de Março e a região do Brás, por exemplo", disse Bambini. Segundo ele, o Plano de Negócio da MRS investirá na região metropolitana de São Paulo e isso ajudará a eliminar os conflitos com os passageiros. "Assim, tiraremos os caminhões da Dutra e do Rodoanel " investimentos que se refletirão não só no Estado de São Paulo", citou.

O evento foi coordenado pelo deputado João Caramez (PSDB) e contou com a presença da vice-prefeita de Valinhos, Laís Aloise, do vereador de Tupã, Paulo Andrade, além de integrantes da CPTM, Metrô, MR logística, MRV Engenharia, Sobretrilhos, Urbaniza e sindicatos do setor.

alesp