Opinião -Linha 7-Rubi da CPTM: um histórico de dilapidação e descaso


02/10/2017 19:11 | Enio Tato

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A linha 7-Rubi da CPTM, que tem a estação Luz como ponto de chegada e partida, é a mais longa de toda a rede metroferroviária paulista, com quase 61 quilômetros de extensão. Além das estações existentes na capital (Barra Funda, Água Branca, Lapa, Piqueri, Pirituba, Vila Clarice, Jaraguá, Vila Aurora e Perus), atende aos municípios de Caieiras, Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e Jundiaí.

Inaugurada há exatos 150 anos (1867) como São Paulo Reilwey (SPR), atual Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), é a mais antiga via sobre trilhos de São Paulo. Mas é, também, a que se encontra em estado mais deplorável tanto em boa parte do percurso da linha como, principalmente, nas estações de paradas dos trens, algumas delas ainda com modelo construtivo e padrão de funcionamento da época do final do século XIX. Para se ter uma ideia do caos, de janeiro a setembro deste ano foram registradas cerca de 180 notificações de falhas de funcionamento, uma média de 20 por mês.

Com isso, sem receber investimentos necessários para sua manutenção, modernização e requalificação da linha, cerca de 500 mil usuários, por dia, vivem em riscos constantes: uma aventura perigosa, cotidianamente, apenas pelo ato de utilizar esse transporte público, inclusive com a circulação de trens fabricados em 1957, ou seja, em funcionamento há seis décadas.

Enio Tatto é deputado pelo PT

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