A Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP) da Assembleia Legislativa de São Paulo promoveu a 23ª Audiência Pública do Orçamento 2018 nesta sexta-feira (11/8). Na reunião realizada na Câmara Municipal do Guarujá foram debatidas as propostas e demandas da região da baixada santista, que inclui Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. O deputado Welington Moura (PRB) presidiu a sessão e afirmou que o objetivo das audiências é aprimorar a lei do orçamento para 2018. "O orçamento de 2018 está previsto com R$ 216,5 bilhões. Nós ouviremos as demandas da população para que saibamos quais são as prioridades. As informações serão levadas para a Comissão de Finanças", afirmou. O deputado Enio Tatto (PT) criticou o corte no orçamento deste ano para a baixada santista. "Em 2014 o orçamento para todos os nove municípios da baixada foi de R$ 286 milhões; em 2015, R$ 178 milhões; em 2016 foram R$ 151 milhões; já para o primeiro semestre de 2017 foram R$ 38 milhões. Há alguma coisa de errado no orçamento. Defendo o orçamento regionalizado, justamente para nós corrigirmos essas distorções", critica. O deputado Teonílio Barba (PT), membro da CFOP, destacou a importância de realizar as audiências em cada região administrativa do Estado. "Foi uma luta a realização dessas audiências públicas, para que o povo pudesse ter acesso ao orçamento de uma maneira articulada. As demandas da baixada são diferentes das da região do ABC, as características são diferentes. Portanto, discutir o orçamento em cada região é extremamente importante", disse. Saúde Fernando Peitola, vereador do Guarujá, agradeceu o deputado Wellington Moura pela emenda parlamentar no valor de R$ 250 mil reais, para a área da saúde da cidade. Além disso, defendeu a instalação de um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) no município. "A saúde do Guarujá está doente, está na UTI. Poderia implantar aqui, assim como em Santos, uma unidade do AME, que ajudaria muito nossa população", completou. Rosangela dos Santos, do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Judiciário Estadual na Baixada Santista (Sintrajus), cobrou mais investimentos para o servidor público, na área da saúde. "O hospital do Servidor Público Estadual é o nosso maior patrimônio. Todo mês, são descontados 2% do holerite de cada funcionário público estadual. Somos 1,3 milhão funcionários, esse desconto equivale a aproximadamente R$ 950 milhões. O governo do Estado deveria contribuir com a mesma quantia, porém contribui com apenas R$ 240 milhões", reclamou. O vereador Bispo Mauro, do Guarujá, solicitou a construção de duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). "Pedimos que sejam construídas duas UPAs aqui na cidade, ao custo de R$ 2 milhões cada uma. Já temos aqui 7 UBSs, mas estão todas deterioradas, sem médicos e a com infraestrutura precária", completou. Morador do bairro Vila Zilda, no Guarujá, Roberto de Santos Nunes pediu mais um médico para o Instituto Médico Legal (IML) e uma máquina de resonância magnética para o Hospital Santo Amaro. Educação O professor Carlos Riesco, membro do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) comentou que a classe está à beira de uma nova greve. "Diante das condições apresentadas, está insustentável: violência, escolas sucateadas e perda salarial. Há três anos estamos sem reajuste salarial", relatou. Em votação para indicar as prioridades, a população escolheu educação (com 18% dos votos), saúde (15%) e segurança pública (13%). A próxima Audiência Pública do Orçamento ocorrerá nesta quinta-feira (5/10), às 18h, na Câmara Municipal de Barretos. Outras três ainda serão realizadas no Estado.