Problemas na CPTM são discutidos em audiência pública


10/10/2017 17:32 | Beatriz Correia - Foto: Raphael Montanaro

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José Manuel Ferreira, Raphael Martinelli, José Zico Prado, Alexandre Mucio e Alberto Laureta<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2017/fg210333.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Manuel Ferreira, Raphael Martinelli, José Zico Prado, Alexandre Mucio e Alberto Laureta<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2017/fg210380.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Raphael Martinelli<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2017/fg210334.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Zico Prado coordena evento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2017/fg210335.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa promoveu, nesta segunda-feira (10/10), a audiência pública "CPTM Fora dos Trilhos: de quem é a culpa?". O evento foi uma iniciativa do deputado José Zico Prado (PT) e recebeu representantes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), do sindicato dos ferroviários e da sociedade civil, que apontaram os problemas enfrentados diariamente por usuários das linhas da companhia.

Zico Prado explicou que a audiência foi necessária por conta da situação crítica do transporte público coletivo da região metropolitana de São Paulo. "A CPTM demora dez anos para modernizar uma linha, e quando a modernização chega, já está obsoleta. Nós estamos aqui para encontrar os gargalos que causam o problema. As passagens são muito caras e o serviço não tem qualidade", disse.

Para o diretor-geral do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Alexandre Múcio, os problemas da CPTM são decorrentes da gestão. "O mau serviço é reflexo de uma série de falhas de gestão: privatizações, quadro reduzido de funcionários e falta de infraestrutura técnica e administrativa."

De acordo com o sindicalista, a oficina da estação Calmon Viana, nas linhas 11-Coral e 12-Safira, não contrata funcionários para a limpeza há dois anos. "Os trabalhadores da manutenção precisam dividir o tempo entre seu trabalho e a limpeza do ambiente. Isso diminui a qualidade do serviço oferecido e tem como consequência a frequente quebra dos trens e linhas paradas", explicou.

Alberto Laureta, gerente de planejamento da CPTM, afirmou que a situação e os serviços prestados pela companhia não estão perfeitos: "a crise financeira existe e a CPTM precisou reduzir os gastos, mas procuramos manter os recursos para custeio e investimentos". Laureta declarou que a prioridade da empresa é a preservação da segurança e a manutenção.

José Manuel Ferreira, representante da ONG Ferrofrente, afirmou que o transporte público eficiente e de qualidade é um direito da população. A Ferrofrente é uma entidade nacional que luta pela volta da utilização das ferrovias do Brasil.

No mês de setembro foi realizada, na Assembleia, uma reunião para tratar da malha ferroviária do Estado e, segundo Zico Prado, ainda serão feitas audiências a respeito do Metrô e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).

alesp