A Polícia Militar do Estado de São Paulo só tomou conhecimento do defeito das seis mil submetralhadoras compradas pela corporação em 2011, e sem uso desde então, dois anos depois da entrega do material. A informação está em resposta ao requerimento de informação 215/2017 apresentado pela deputada Márcia Lia à Pasta questionando, dentre outras coisas, como será feita a reparação do investimento de R$ 30 milhões feito pelo Governo do Estado na aquisição do equipamento. "Em meio à crise financeira que o governo alega estar passando, inclusive para não liberar e pagar as emendas dos parlamentares, temos um equipamento de ponta ainda dentro das caixas, sem uso, e um recurso de R$ 30 milhões que pertence aos cofres públicos nas mãos de uma empresa que se nega a devolver o dinheiro. Isso não pode acontecer e não pode ser aceito nem pela população, nem pelo poder público", afirma a deputada. O escândalo das submetralhadoras veio à tona no mês de junho passado, depois que uma reportagem do jornal Folha de São Paulo denunciou a compra de seis mil armas pelo Estado. Por estarem com defeito, as submetralhadoras estavam guardadas nas caixas havia cinco anos. "Não é possível que R$ 30 milhões do Estado de São Paulo fiquem tantos anos retidos por uma empresa que não cumpriu com o contrato que assinou. Estamos acompanhando esse caso de perto e não vamos deixar essa história cair no esquecimento", afirma Márcia Lia.