Retinopatia diabética é discutida em audiência

A doença é responsável por 50 por cento dos casos de cegueira no Brasil
10/11/2017 20:28 | Larissa Leão - Foto: Raphael Montanaro

Compartilhar:

Audiência Pública sobre a Retinopatia Diabética<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2017/fg212473.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> 	Audiência Pública sobre a Retinopatia Diabética<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2017/fg212472.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Gil Lancaster<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2017/fg212475.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Para alertar a população sobre a retinopatia diabética, a Assembleia Legislativa promoveu uma audiência pública nesta sexta-feira (10/11). Profissionais da área da saúde reuniram-se no Auditório Teotônio Vilela para conscientizar as pessoas sobre a prevenção da doença, que é uma complicação causada pelo diabetes.

A retinopatia diabética é uma das principais causas de cegueira nos adultos. Isso acontece porque os vasos sanguíneos sofrem alterações, permitindo o vazamento do sangue. O deputado Gil Lancaster (DEM) é defensor da causa. "As pessoas precisam ser alertadas sobre o assunto, e é necessário aprimorar as políticas públicas para esse grupo."

Segundo o oftalmologista e diretor da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV) Leandro Cabral Zacharias, o Brasil é o quarto país do mundo com portadores de diabetes. Ele explica que há como verificar a retinopatia por meio de um exame. "É preciso que haja um controle clínico e glicêmico e que seja feito o exame de fundo do olho, em que será realizado o mapeamento da retina do paciente."

A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes Solange Travessos de Figueiredo Alves ressaltou que não há sintomas para a doença. "Muitas pessoas descobrem quando o caso já está avançado. O tratamento deve ser feito em dias, pois a doença evolui rapidamente, levando à cegueira", explicou. Segundo ela, há milhões de diabéticos no Brasil.

Caso a doença seja constatada, o tratamento, segundo Zacharias, consiste em aplicações de laser ou laser difuso, injeções intraoculares e cirurgia (chamada vitrectomia). No entanto, o oftalmologista ressalta que, como a maioria dos casos é irreversível, é importante não chegar em estágios avançados da doença.

O deputado Gil Lancaster disse que pretende melhorar estruturas e acesso ao tratamento. "Inicialmente, precisamos levar essa estrutura para cem municípios, já que há apenas dez associações localizadas no Estado de São Paulo que trabalham com o assunto. Precisamos movimentar o governo e a sociedade para que possamos avançar. Prevenir é o caminho."

alesp