O deputado Carlos Giannazi realizou na quinta-feira (9/11) uma diligência no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília (Famema), onde constatou que a ala inaugurada em maio pelo governo do Estado ainda não entrou em funcionamento. Apesar de haver grande demanda dos 62 municípios atendidos pelo hospital, o subfinanciamento não permite a contratação de funcionários nem a compra dos medicamentos e insumos necessários à operação da nova ala, cuja capacidade é de 23 leitos. "Essa inauguração aconteceu só no papel, uma solenidade de mentira, porque a população carente da região ainda sofre com a falta de atendimento", destacou Giannazi, que continuará denunciando e pressionando até que o orçamento da Famema seja redimensionado. O deputado vem apoiando há anos a mobilização dos alunos, funcionários e professores da instituição, que pedem recursos para o funcionamento do complexo hospitalar e das faculdades de medicina e enfermagem. No mês passado, Giannazi organizou uma audiência pública na Alesp, na qual foram expostos problemas como defasagem salarial, falta de planos de carreiras e insuficiência de bolsas que garantam a permanência dos estudantes de baixa renda. O Estado também descumpre a Lei 12.188/2006, segundo a qual a Famema deveria ser vinculada a uma das três universidades paulistas (USP, Unesp ou Unicamp).