Ancestralidade e valorização do negro são debatidas em seminário na Alesp


24/11/2017 10:40 | Léo Martins " Foto: José Antonio Teixeira

Compartilhar:

Participantes do encontro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2017/fg213279.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Awise Ifamuwa e Araba Awodiran <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-11-2017/fg213281.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em alusão à Semana da Consciência Negra, o Auditório Teotônio Vilela foi sede do seminário "Culto Ancestral e Valorização do Negro", que discutiu questões de autoafirmação do negro e intolerância religiosa. O encontro aconteceu na última quinta-feira (23/11) e foi ministrado pelos babalalôs Eduardo Ifasegun e chefe Awodiran Ayinde Agboola.

Segundo Ifasegun, a partir do momento que o indivíduo se autoafirma, sua personalidade é fortalecida, mas no Brasil isso está em descompasso. "Existe um plano vigente para desestabilizar o negro no nosso país. Trabalho há 22 anos em escolas municipais e até hoje é difícil um jovem nessas condições se autoafirmar. Há muito preconceito", disse.

Autoafirmação é um termo usado por eles que se traduz por não ter medo de assumir publicamente a religião que segue. Seria um método eficaz para barrar o preconceito e difundir informações.

A religiosa Yianifádun, que veio de uma família evangélica, diz sofrer preconceitos desde que entrou para o candomblé. "Eles não entendem ou sequer conhecem a religião até hoje, então preferem se afastar", disse. Yianifádun começou com a umbanda e migrou para o candomblé por uma questão de "evolução". Posteriormente, passou a integrar o ifá, um sistema de divinação que tem suas origens na cultura africana yorubá.

O nigeriano Awodiran Ayinde Agboola chegou ao Brasil recentemente e desde então acompanha as notícias de ataques em terras brasileiras. "É preocupante. Eu fazia postagens nas redes sociais pedindo para que o governo tomasse medidas a fim de unificar a população. Somos todos iguais, independentemente da nossa religião", disse.

alesp