A Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo (Aproffesp) realizou na última quarta-feira (29/11), em conjunto com o deputado Carlos Giannazi, uma audiência pública na Assembleia Legislativa para debater a contribuição da filosofia africana, em contraposição ao modelo eurocêntrico. O evento integra a luta pela instituição em nível estadual do feriado de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. O deputado relatou a existência de um projeto de lei nesse sentido, apresentado por seu companheiro de partido Raul Marcelo, que é obstruído sistematicamente na Casa. "O governo tucano é contra o feriado estadual do Dia da Consciência Negra, por isso o projeto não avança." Ele lembrou que era vereador na Câmara Municipal de São Paulo em 2002, quando foi instituído o feriado na capital. "Nós fizemos um trabalho imenso para superar a obstrução dos vereadores ligados a associações comerciais, a grupos econômicos a setores conservadores e fundamentalistas", explicou. Ainda sob o ponto de vista legislativo, o deputado pontuou o avanço na legislação federal conquistado em 2003, com a alteração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Assim, o 20 de novembro passou a ser feriado escolar em todo o país. O encontro foi mediado por Chico Gretter, presidente da Aproffesp.